DA FOLHA RIBEIRÃO

O preço do litro do álcool que sai das usinas, sem impostos e custos de transportes, subiu 8% na última semana e atingiu R$ 0,6941, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada), ligado à Esalq/Usp. Só no mês de junho, o aumento do álcool foi de 18%.
É a maior cotação do produto em quatro meses, já que a última vez em que o litro do álcool ultrapassou a barreira dos R$ 0,69 foi na última semana de fevereiro, quando o levantamento do Cepea mostrou o produto saindo das usinas a R$ 0,7107.
Apesar da alta, o preço atual do álcool ainda é 39% menor do que o alcançado em março de 2006, auge do otimismo quanto ao desempenho do etanol, quando o litro do produto chegou a R$ 1,24.
Para o especialista no setor sucroalcooleiro José Carlos de Lima Júnior, porém, é no álcool que estão as boas perspectivas para a cana-de-açúcar a médio e longo prazo.
A justificativa, segundo ele, é a necessidade mundial da substituição dos combustíveis fósseis, como a gasolina, por combustíveis renováveis.
"Há uma realidade, que é a busca por um modelo sustentável de desenvolvimento, e nessa perspectiva a cana está muito bem posicionada."
Apesar de o mercado mundial ainda estar fechado para etanol brasileiro, a expectativa é que, com os avanços institucionais do setor sucroalcooleiro o produto consiga romper as barreiras impostas por outros países.


Texto Anterior: Cana avança em áreas menos tradicionais
Próximo Texto: Foco: Briga por área de 1 alqueire para fábrica de avião e provoca 35 demissões
Índice