GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

O juiz Luís Augusto Teotônio determinou o arquivamento de dois processos de homicídio contra o ex-investigador da Polícia Civil de Ribeirão Ricardo José Guimarães, acusado de 11 mortes e de ter feito parte de um grupo de extermínio.
Cabe recurso do Ministério Público Estadual, porém, em um dos casos, foi a própria Promotoria que pediu o arquivamento, por falta de provas.
Nos dois processos, Guimarães era acusado de matar Sandro Alberto Lima, o Pezão, em março de 2002, dentro da Santa Casa de Ribeirão. Pezão era acusado pela polícia de ser líder do tráfico na cidade.
Este foi o caso em que o próprio Ministério Público pediu que Guimarães fosse considerado impronunciável (reconheceu que não havia provas contra ele). Em dezembro, em audiência, uma das testemunhas de acusação não reconheceu Guimarães.
O outro caso em que o juiz identificou que não havia culpa do ex-policial foi o processo em que ele é acusado do assassinato do morador de rua Luiz Antonio Ribeiro.
O juiz entendeu que, além de falta de indícios contra Guimarães, não havia razão para o suposto grupo de extermínio matar Ribeiro, que não tinha nem ficha na polícia -o grupo é acusado de matar envolvidos em crimes.
Segundo o advogado de Guimarães, César Augusto Moreira, o juiz ainda mandou arquivar outro processo, em que ele é acusado de matar o menor Thiago Aguiar Filho, mas a Folha não teve acesso a esta sentença.


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