Tapetes foram desfeitos ou ficaram manchados; público fica em 20 mil pessoas

Para o padre da Matriz Bom Jesus, há 15 anos a chuva não atrapalhava tanto a decoração das ruas da cidade para a data

JULIANA COISSI
ENVIADA ESPECIAL A MATÃO

A chuva constante que caiu na madrugada e manhã de ontem prejudicou a montagem dos tapetes coloridos e afastou o público da 61ª Procissão de Corpus Christi em Matão, principal celebração da data na região de Ribeirão Preto. Muitos desenhos ficaram manchados e outros se desintegraram com a água, mas puderam ser refeitos a tempo para a procissão, que ocorreu às 16h.
Neste ano, percorreram as ruas enfeitadas 20 mil pessoas, muito abaixo dos 70 mil visitantes do ano passado, de acordo com a Polícia Militar. Desde 1994, a chuva não atrapalhava tanto a decoração, segundo o padre Marcos Antônio Simões Pião, da Matriz Bom Jesus.
Os voluntários e artistas começaram a montar a decoração às 4h. Eles prepararam 50 toneladas de vidro moído, tingido com 20 litros de tintas de diferentes cores.
Apesar do esforço, a chuva no início da manhã começou a desmanchar o trabalho. "Na missa das 8h, o padre avisou todos para irem para casa, que não teria mais decoração de rua, só missa", disse a empresária Célia Giacomino, que há oito anos decora as ruas.
Dois quadros do artista Adélio Sarro deveriam compor as ruas, mas a chuva fez com que a tela de areia fina fosse montada no chão da Casa da Cultura.
Às 11h, a chuva deu trégua e voluntários correram para apressar os tapetes. A decoração fica pronta normalmente às 12h, mas até as 15h voluntários retocavam os desenhos.
Em Ribeirão, a chuva também atrapalhou a montagem de tapetes no Santuário Nossa Senhora do Rosário, na Vila Tibério -enfeites foram montados no Salão Paroquial. Já na Catedral, os fiéis celebraram Corpus Christi com uma procissão na noite de ontem, que percorreu as ruas do centro.


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