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Foco
Guarita que parece "disco voador" vira polêmica na Unesp de Jaboticabal
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A construção de uma guarita em forma semelhante à de
um disco voador virou motivo
de polêmica no campus da
Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Jaboticabal
e gerou até o protesto formal
de um professor licenciado.
No final de novembro, o docente Marcio Antonio Augelli
enviou ofício ao secretário de
Estado da Educação Superior,
Carlos Vogt, questionando a
necessidade, a estética e o valor da obra -R$ 150 mil. "O
comentário [no campus] é
que querem atrair o E.T. de
Varginha", afirmou Augelli.
A guarita, que deveria ter sido entregue em 30 de setembro, ainda está em obras. O
presidente do diretório acadêmico local, Elton Jean Leonello Torres, afirmou que os
alunos temem que a obra vire
piada no restante da Unesp.
"O nosso campus sempre
foi considerado o mais bonito.
Essa guarita deveria ter sido
construída como a outra que
há universidade, tradicional.
Fizeram uma coisa moderna,
parece uma taça de vinho ou
um disco voador."
Segundo ele, o campus vive,
de fato, um problema de insegurança, principalmente a
ocorrência de furtos, e precisa
de um reforço na vigilância.
A direção local da Adunesp
(Associação dos Docentes da
Unesp) se dividiu. O vice-presidente, José Gilberto de Souza, evitou comentar o formato
da guarita, mas disse que ela
não era prioritária. "Causou
estranheza a falta de recursos
para outras necessidades, enquanto obras dessa natureza
aparecem aprovadas sem que
a gente possa definir se é prioridade. Não temos, por exemplo, estrutura esportiva, como
uma academia", disse.
Já o presidente da Adunesp,
José Roberto Moro, disse que
a guarita é necessária e que a
questão estética é subjetiva.
"Eu mesmo tive um carro furtado há cerca de dois anos. O
diretor do campus [Raul Girio] também disse que pretende instalar câmeras de segurança", afirmou.
A Secretaria de Estado do
Ensino Superior disse que enviou o ofício do professor Augelli à reitoria da Unesp, pois o
caso não cabia à pasta. Girio
foi procurado, mas, segundo a
assessoria da Unesp, não podia dar entrevista pois estava
em reunião. Ele informou, porém, que a obra é regular e
passou por todas as instâncias
da universidade.
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