Ribeirão Preto, Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

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Guarita que parece "disco voador" vira polêmica na Unesp de Jaboticabal

GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

A construção de uma guarita em forma semelhante à de um disco voador virou motivo de polêmica no campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Jaboticabal e gerou até o protesto formal de um professor licenciado.
No final de novembro, o docente Marcio Antonio Augelli enviou ofício ao secretário de Estado da Educação Superior, Carlos Vogt, questionando a necessidade, a estética e o valor da obra -R$ 150 mil. "O comentário [no campus] é que querem atrair o E.T. de Varginha", afirmou Augelli.
A guarita, que deveria ter sido entregue em 30 de setembro, ainda está em obras. O presidente do diretório acadêmico local, Elton Jean Leonello Torres, afirmou que os alunos temem que a obra vire piada no restante da Unesp.
"O nosso campus sempre foi considerado o mais bonito. Essa guarita deveria ter sido construída como a outra que há universidade, tradicional. Fizeram uma coisa moderna, parece uma taça de vinho ou um disco voador."
Segundo ele, o campus vive, de fato, um problema de insegurança, principalmente a ocorrência de furtos, e precisa de um reforço na vigilância.
A direção local da Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp) se dividiu. O vice-presidente, José Gilberto de Souza, evitou comentar o formato da guarita, mas disse que ela não era prioritária. "Causou estranheza a falta de recursos para outras necessidades, enquanto obras dessa natureza aparecem aprovadas sem que a gente possa definir se é prioridade. Não temos, por exemplo, estrutura esportiva, como uma academia", disse.
Já o presidente da Adunesp, José Roberto Moro, disse que a guarita é necessária e que a questão estética é subjetiva. "Eu mesmo tive um carro furtado há cerca de dois anos. O diretor do campus [Raul Girio] também disse que pretende instalar câmeras de segurança", afirmou.
A Secretaria de Estado do Ensino Superior disse que enviou o ofício do professor Augelli à reitoria da Unesp, pois o caso não cabia à pasta. Girio foi procurado, mas, segundo a assessoria da Unesp, não podia dar entrevista pois estava em reunião. Ele informou, porém, que a obra é regular e passou por todas as instâncias da universidade.


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