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Aeroporto em Bauru sai após batalha de 27 anos
DO ENVIADO ESPECIAL A BAURU
Em 23 de outubro de 2006,
o governo do Estado inaugurou -inacabado, mas pronto
para funcionar- o aeroporto
Moussa Nakhl Tobias, em
Bauru. Tinham se passado 27
anos desde que o ex-deputado estadual Roberto Purini
fez a primeira indicação para
o Executivo sobre a construção de um segundo aeroporto naquela cidade.
O aeroclube da cidade, na
região central, não podia
crescer e representava risco
aos moradores do entorno,
de acordo com ele. Mesmo
assim, o terminal seguiu operando voos regulares até
quatro anos atrás.
Com uma pista de 1.500 m
de comprimento, por 30 m de
largura, a movimentação no
aeroclube (833 voos em setembro) é apenas de aviões
pequenos de instrução e de
táxis-aéreos, porque os executivos preferem descer no
centro da cidade.
Já o novo aeroporto, em
comparação com o de Ribeirão, ainda é subutilizado (veja quadro ao lado). Só 8.821
passageiros usaram o terminal em setembro.
Com dimensões superiores ao aeroporto de Ribeirão
em quesitos como vagas de
estacionamento e tamanho
do terminal, o Moussa Tobias
fica fora da cidade e tem terreno para ampliar a pista,
que é igual à de Ribeirão.
A distância do centro de
Bauru, porém, é uma desvantagem e um desconforto
para usuários. "Para almoçar, tive de percorrer 30 quilômetros, e várias operadoras de celular não funcionam
aqui", afirmou o gerente
bancário Renato Vieira, 54.
Taxistas cobram R$ 60 pela corrida para a cidade durante o dia e R$ 90, à noite.
"Não tem uma banca de revistas aqui e o táxi fica caro",
diz a professora universitária
Joesia Pacheco, 48. .
"Questões como essas têm
de ser consideradas", afirmou o professor de planejamento da USP Ribeirão Marcos Fava Neves, que é contra
a construção de um novo aeroporto longe da cidade.
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