Ribeirão Preto, Domingo, 14 de Novembro de 2010

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Aeroporto em Bauru sai após batalha de 27 anos

DO ENVIADO ESPECIAL A BAURU

Em 23 de outubro de 2006, o governo do Estado inaugurou -inacabado, mas pronto para funcionar- o aeroporto Moussa Nakhl Tobias, em Bauru. Tinham se passado 27 anos desde que o ex-deputado estadual Roberto Purini fez a primeira indicação para o Executivo sobre a construção de um segundo aeroporto naquela cidade.
O aeroclube da cidade, na região central, não podia crescer e representava risco aos moradores do entorno, de acordo com ele. Mesmo assim, o terminal seguiu operando voos regulares até quatro anos atrás.
Com uma pista de 1.500 m de comprimento, por 30 m de largura, a movimentação no aeroclube (833 voos em setembro) é apenas de aviões pequenos de instrução e de táxis-aéreos, porque os executivos preferem descer no centro da cidade.
Já o novo aeroporto, em comparação com o de Ribeirão, ainda é subutilizado (veja quadro ao lado). Só 8.821 passageiros usaram o terminal em setembro.
Com dimensões superiores ao aeroporto de Ribeirão em quesitos como vagas de estacionamento e tamanho do terminal, o Moussa Tobias fica fora da cidade e tem terreno para ampliar a pista, que é igual à de Ribeirão.
A distância do centro de Bauru, porém, é uma desvantagem e um desconforto para usuários. "Para almoçar, tive de percorrer 30 quilômetros, e várias operadoras de celular não funcionam aqui", afirmou o gerente bancário Renato Vieira, 54.
Taxistas cobram R$ 60 pela corrida para a cidade durante o dia e R$ 90, à noite. "Não tem uma banca de revistas aqui e o táxi fica caro", diz a professora universitária Joesia Pacheco, 48. .
"Questões como essas têm de ser consideradas", afirmou o professor de planejamento da USP Ribeirão Marcos Fava Neves, que é contra a construção de um novo aeroporto longe da cidade.


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