Ribeirão Preto, Quinta-feira, 15 de Janeiro de 2009

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Funcionários da Dedini rejeitam proposta para criação de banco de horas

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Funcionários da indústria metalúrgica de base Dedini, de Sertãozinho, recusaram ontem proposta que previa a implantação de um banco de horas futuro para compensar as horas extras feitas hoje. Mais da metade dos 1.800 funcionários participaram da assembleia, segundo o sindicato da categoria, que, por aclamação, rejeitou a ideia.
De acordo com o sindicato, a medida previa que as horas extras continuariam a ser realizadas, mas só seriam compensadas, por meio de folgas, após a passagem do "furacão" da crise. Ainda segundo o sindicato, a proposta não foi aceita porque a empresa não deu garantias de manutenção dos empregos.
"A Dedini não quis incluir essa cláusula. Sem a garantia de manutenção das vagas, seria como financiar sua própria dispensa", disse Elias Gaúcho Camargo, vice-presidente do sindicato. Ele afirmou que vai aguardar que a indústria volte a se manifestar sobre o assunto.
A Dedini, uma das indústrias que deram férias coletivas a seus empregados no fim do ano passado, confirmou, por meio de sua assessoria, que propôs a implantação do banco de horas, mas não deu detalhes da medida.
Segundo Mário Garrefa, presidente do Ceise-BR, a adoção de banco de horas é uma alternativa para evitar cortes. "São medidas legais, previstas em lei, que podem ser aplicadas em casos de crise como este", disse. "Este tipo de decisão é salutar, pois atende aos dois lados. O que não pode haver é um número excessivo de demissões."


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