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Funcionários da Dedini rejeitam proposta para criação de banco de horas
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Funcionários da indústria
metalúrgica de base Dedini,
de Sertãozinho, recusaram
ontem proposta que previa a
implantação de um banco de
horas futuro para compensar
as horas extras feitas hoje.
Mais da metade dos 1.800
funcionários participaram da
assembleia, segundo o sindicato da categoria, que, por
aclamação, rejeitou a ideia.
De acordo com o sindicato,
a medida previa que as horas
extras continuariam a ser
realizadas, mas só seriam
compensadas, por meio de
folgas, após a passagem do
"furacão" da crise. Ainda segundo o sindicato, a proposta
não foi aceita porque a empresa não deu garantias de
manutenção dos empregos.
"A Dedini não quis incluir
essa cláusula. Sem a garantia
de manutenção das vagas, seria como financiar sua própria dispensa", disse Elias
Gaúcho Camargo, vice-presidente do sindicato. Ele afirmou que vai aguardar que a
indústria volte a se manifestar sobre o assunto.
A Dedini, uma das indústrias que deram férias coletivas a seus empregados no fim
do ano passado, confirmou,
por meio de sua assessoria,
que propôs a implantação do
banco de horas, mas não deu
detalhes da medida.
Segundo Mário Garrefa,
presidente do Ceise-BR, a
adoção de banco de horas é
uma alternativa para evitar
cortes. "São medidas legais,
previstas em lei, que podem
ser aplicadas em casos de crise como este", disse. "Este tipo de decisão é salutar, pois
atende aos dois lados. O que
não pode haver é um número
excessivo de demissões."
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