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CASO SELMA
Advogado afirma que documento desapareceu
da Folha Ribeirão
O advogado Luiz Carlos Bento,
que representa o empresário Pablo
Russel Rocha, afirmou ontem que
um documento desapareceu do
processo do caso Selma Heloísa
Artigas da Silva -a garota de programa que teria sido arrastada até
a morte em Ribeirão Preto.
Bento pediu por escrito, no dia 9
de dezembro, que os peritos do IC
(Instituto de Criminalística) simulassem como Selma se prendeu ao
cinto de segurança. Há uma cópia
do documento que recebeu carimbo do Fórum nesse dia.
Rocha é acusado de assassinar a
garota de programa e está preso na
cadeia de Vila Branca. O crime
aconteceu no ano passado, na madrugada de 11 de setembro, na avenida Caramuru.
"O juiz deu por encerrado o processo porque o prazo se esgotou,
mas o caso ainda depende de esclarecimentos. É preciso mostrar como ela se prendeu ao cinto de segurança", disse.
Esta semana, o advogado pediu a
revogação do mandado de prisão,
afirmando que o juiz ultrapassou o
prazo legal que tinha para decidir
se Rocha será julgado por um júri
popular.
"A permanência dele na prisão,
ultrapassado o prazo de 81 dias, é
ilegal", disse Bento.
O promotor de acusação José Vicente Pinto Ferreira discorda do
advogado. "O prazo não foi descumprido por culpa da acusação,
mas por exigências da defesa."
Processo
Segundo o promotor, o juiz Luiz
Augusto Freire Teotônio deve dar
a sentença sobre o caso somente
no início de fevereiro, com o término do recesso no Fórum.
Ferreira afirma ainda que a simulação não é importante para o
caso porque já houve a reconstituição do crime.
No laudo elaborado pelo IC de
São Paulo, peritos descartaram a
hipótese de acidente, mas não explicaram como ela ficou presa.
O empresário foi denunciado pelo crime de homicídio triplamente
qualificado. Além de matar, ele teria agido com crueldade, por motivo fútil e sem dar chances de defesa
à vítima.
Esses detalhes, indicados pela
Promotoria, podem aumentar a
pena em caso de condenação.
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