Ribeirão Preto, Domingo, 16 de Novembro de 2008

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Festa de despedida de Adriano Moraes reúne mil pessoas

DO ENVIADO ESPECIAL A LAS VEGAS

Durou só 5,3 segundos, e não foi como ele esperava. Único tricampeão mundial da PBR, o brasileiro Adriano Moraes, 38, despediu-se das arenas no último domingo, ao cair do touro Grey Dog, no Thomas & Mack Center, antes dos oito segundos regulamentares. Terminou a temporada na 24ª colocação, com 4.938 pontos -o campeão, Guilherme Marchi, somou 16.841,5.
A queda não ofuscou a despedida de Moraes, mais comemorada que a do norte-americano Justin McBride, 29, que também se aposentou, com dois títulos mundiais na bagagem. A despedida do brasileiro foi comemorada em uma festa num luxuoso cassino de Las Vegas.
Leia, a seguir, trechos da entrevista dele à Folha.

 

FOLHA - Você se aposentou definitivamente ou pode participar de um ou outro evento aqui ou no Brasil?
ADRIANO MORAES
- Parei, parei mesmo, definitivamente. Não volto. Estou parando na hora certa.

FOLHA - Mil pessoas estão aqui na sua despedida para te ver, pedir autógrafo ou tirar uma foto contigo. O que fez para conseguir isso?
MORAES
- Não cheguei aqui para aprender, vim para fazer. Sempre tive muita fé, paixão, determinação e garra, rumo aos meus objetivos.

FOLHA - Depois da sua chegada, outros brasileiros vieram e também conseguiram títulos. O Guilherme Marchi, após três vice-campeonatos, foi campeão. Ele pode repetir o seu desempenho ou te superar?
MORAES
- O Guilherme pode chegar muito longe. Recordes são feitos para serem quebrados, e o meu vai ser, certamente.

FOLHA - Encerrada a carreira, qual será seu papel nos rodeios [é um dos acionistas da PBR]?
MORAES
- Vou continuar morando aqui, tenho muitos projetos em mente. O rodeio ganha agora uma pessoa para ajudar a dar suporte, atuar como dirigente.

FOLHA - Seus filhos serão peões também?
MORAES
- Eles sofreram comigo, viram o drama do pai deles, que sofreu demais com contusões. Eles não querem isso não. Eles só conhecem o pai montado num touro, mas não vão montar.

FOLHA - Este ano o Brasil ficou em terceiro na Copa do Mundo. O que a equipe, que tem você como técnico, pode conseguir na edição de 2009, em Barretos?
MORAES
- O bicampeonato [ganhou em 2007]. Com 50 mil pessoas em Barretos, torcendo, não podemos perder de jeito nenhum.


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