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Monomotor cai e mata instrutor de voo
Nilson Rogério Luzenti morreu no local e o empresário Paulo César Ciene foi internado em estado grave
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A queda de um monomotor
provocou a morte de um instrutor de voo e deixou um empresário em estado grave, na
manhã de ontem, às margens
da pista do Aeródromo Santa
Lydia, em Ribeirão Preto.
O avião, um ultraleve modelo
Bravo 700, caiu perto da rodovia Mário Donegá às 9h. O instrutor de voo Nilson Rogério
Luzenti, 41, morreu no local. O
empresário Paulo César Ciene,
50, em treinamento, foi internado em estado grave no Hospital São Lucas. Eles ficaram
presos nas ferragens.
Ciene foi submetido a uma
cirurgia para a reconstrução da
face e, segundo boletim médico
divulgado no início da noite de
ontem, seu estado de saúde era
grave e ele era mantido vivo
com drogas vasoativas e respiração mecânica.
A Polícia Civil vai investigar o
caso, já que a aeronave não possuía registro na Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil), o
que não é obrigatório.
"Não havia nenhum problema
em relação à documentação da
aeronave, nem do instrutor. O local do treinamento também era
adequado. Mas, houve uma morte, e temos que apurar a causa dela", disse o delegado Carlos Araújo Garcia, do 6º Distrito Policial.
Após vistoriar os destroços do
monomotor, Francisco Cherutti
Galindo, representante técnico
da Associação Brasileira de Ultraleves, disse que, provavelmente, uma falha humana causou o
acidente.
"Dificilmente ocorreu uma falha mecânica na aeronave. Mas, o
que de fato aconteceu no ar somente o aluno que sobreviveu
poderá dizer", disse o especialista, que é construtor de aeronaves. Ele tem duas teorias para os
momentos que antecederam o
acidente.
"O instrutor pode ter tido um
mal súbito, e o aluno talvez não
tivesse dado conta de pousar.
Outra hipótese é a de que o aluno
tenha ficado nervoso e feito alguma manobra que o piloto não
conseguiu corrigir", disse.
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