|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Câmara quer saída de caminhões do centro
Comissão de estudos vai propor criação de bolsão de estacionamento e que a Guarda Municipal passe a ter poder de polícia
Outra proposta que será enviada à Prefeitura de Ribeirão é a criação de estacionamentos subterrâneos no centro
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A CEE (Comissão Especial
de Estudos) da Câmara de Ribeirão Preto que analisou sugestões para a revitalização do
centro da cidade vai propor à
administração que retire os caminhões da região, crie bolsões
de estacionamento e vagas subterrâneas e amplie o poder da
GCM (Guarda Civil Municipal), que passaria a ter poder de
polícia e atuaria como fiscal.
As sugestões constam do relatório que a CEE apresenta
hoje aos vereadores. "Vamos
ler o relatório e encaminhá-lo
ao Comur [Conselho Municipal de Urbanismo], à prefeitura
e à futura administração", disse
Nicanor Lopes (PSDB), presidente da comissão.
Segundo o superintendente
da GCM, Erick Cunha Junqueira, já houve nessa administração pedidos dos comerciantes
para que os guardas passassem
a atuar como fiscais, especialmente no combate ao comércio
ambulante.
"Mas essa é uma medida polêmica, que não passou pelo Jurídico da prefeitura", disse.
De acordo com o superintendente, embora a Guarda dê
apoio à ação dos fiscais, dois homens do efetivo respondem a
quatro processos judiciais porque participaram da apreensão
de mercadorias.
"Eles estavam acompanhado
de fiscais. Mas os camelôs,
orientados por seus advogados,
entraram na Justiça alegando
que os guardas não poderiam
ter feito a apreensão", disse
Junqueira. Na avaliação do superintendente, a proposta de
dar poder de polícia à GCM,
embora positiva, esbarra na
Constituição.
Outra proposta que deve gerar polêmica é a relativa ao
trânsito. A CEE pede a retirada
dos caminhões do centro da cidade em "horários de pico". Isso seria possível com a criação
de um local de distribuição de
cargas, onde os caminhões deixariam as mercadorias e veículos menores fariam o transporte até os locais de venda.
Hoje, a maioria das lojas do
centro abre a partir das 9h e o
horário permitido para carga e
descarga na região só vai até as
10h. "Numa cidade como Ribeirão, já era hora de o horário de
carga e descarga ir até as 6h.
Mas o grande problema é a resistência dos lojistas", afirmou
Antonio Carlos Muniz, superintendente da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte
Urbano de Ribeirão Preto S.A.).
Pedro Abrahão Alem Neto,
presidente do Sincovarp (Sindicato do Comércio Varejista
de Ribeirão Preto), disse que
não conhece o relatório. Apesar
disso, defendeu a abertura das
lojas antes das 9h, para evitar
que caminhões continuem no
centro após as 10h.
Muniz defendeu também a
ampliação dos estacionamentos privados e elevados e disse
que poderia haver um bolsão de
vagas, caso a administração desapropriasse áreas sem uso no
centro. "Os estacionamentos
subterrâneos também são possíveis, mas seria preciso que um
geólogo estudasse o solo", afirmou Muniz.
A CEE defende ainda intervenções no Plano Diretor para
a criação de regras específicas
para o centro, que estimulem a
ocupação da área por casas, bares e restaurantes.
Texto Anterior: Foco: TV que bóia-fria comprou de presente para a mãe chegará atrasada ao MA Próximo Texto: Poluição visual e falta de acessibilidade são problemas na região, diz conselho Índice
|