Ribeirão Preto, Sábado, 19 de Junho de 2010

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154 ANOS ESTRANGEIROS

Australiano veio ao país para vender colhedoras de cana

John Pearce viajou da Austrália ao Brasil pela primeira vez em 1977, mas só se mudou para Ribeirão em 1994

Consultor de máquinas agrícolas, ele ainda se impressiona com o porte da produção brasileira de cana

DE RIBEIRÃO PRETO

No final dos anos 70, com o impulso do Pró-Álcool, a visão da região de Ribeirão Preto era de canaviais repletos de boias-frias. Poucas usinas importaram máquinas colhedoras de cana.
Foi o cenário ideal visualizado pelo australiano John Pearce, 73. Vendedor de máquinas colhedoras na Austoft, multinacional australiana, John vislumbrou um mercado crescente.
A Austrália, diz John, foi o primeiro país a desenvolver a tecnologia para colher a cana, pois, ao contrário do Brasil, sua terra natal não tinha mão de obra disponível.
Em 1977, John mudou-se para Piracicaba. Morou ainda em Campinas e, dois anos depois, voltou para casa. O encontro com Ribeirão só ocorreu em 1994. "Era uma cidade crescente, e obviamente muito rica."
John ainda se impressiona com o porte da produção brasileira. "Na safra de 1994, o Brasil produziu 235 milhões de toneladas de cana. Na Austrália, foram 35 milhões."
O australiano perde-se nas contas de quantas máquinas vendeu no Brasil e na América Latina. Hoje, é consultor da Case IH e vive com a mulher Kaye, 69, no centro.
Além da praia, John diz sentir falta dos filhos e netos. Apesar da saudade, não marcou data para voltar. Ele acha que o Brasil vai ganhar a Copa, se superar times como a Alemanha.
(JULIANA COISSI)


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