|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
154 ANOS ESTRANGEIROS
Australiano veio ao país para vender colhedoras de cana
John Pearce viajou da Austrália ao Brasil pela primeira vez em 1977, mas só se mudou para Ribeirão em 1994
Consultor de máquinas agrícolas, ele ainda se impressiona com o porte da produção brasileira de cana
DE RIBEIRÃO PRETO
No final dos anos 70, com
o impulso do Pró-Álcool, a visão da região de Ribeirão Preto era de canaviais repletos
de boias-frias. Poucas usinas
importaram máquinas colhedoras de cana.
Foi o cenário ideal visualizado pelo australiano John
Pearce, 73. Vendedor de máquinas colhedoras na Austoft, multinacional australiana, John vislumbrou um mercado crescente.
A Austrália, diz John, foi o
primeiro país a desenvolver a
tecnologia para colher a cana, pois, ao contrário do Brasil, sua terra natal não tinha
mão de obra disponível.
Em 1977, John mudou-se
para Piracicaba. Morou ainda em Campinas e, dois anos
depois, voltou para casa. O
encontro com Ribeirão só
ocorreu em 1994. "Era uma
cidade crescente, e obviamente muito rica."
John ainda se impressiona
com o porte da produção brasileira. "Na safra de 1994, o
Brasil produziu 235 milhões
de toneladas de cana. Na
Austrália, foram 35 milhões."
O australiano perde-se nas
contas de quantas máquinas
vendeu no Brasil e na América Latina. Hoje, é consultor
da Case IH e vive com a mulher Kaye, 69, no centro.
Além da praia, John diz
sentir falta dos filhos e netos.
Apesar da saudade, não marcou data para voltar. Ele acha
que o Brasil vai ganhar a Copa, se superar times como a
Alemanha.
(JULIANA COISSI)
Texto Anterior: Sul-coreano viu em Ribeirão uma terra de oportunidades Próximo Texto: Professor neozelandês decide arriscar e chega à USP Índice
|