Ribeirão Preto, Sábado, 19 de Junho de 2010

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Professor neozelandês decide arriscar e chega à USP

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Os neozelandeses estão participando de sua segunda Copa. O retrospecto da primeira (Espanha, em 1982) não foi nada memorável. Perderam todos os três jogos da primeira fase, um deles por 4 a 0 para o Brasil.
O neozelandês John Campbell McNamara, professor de biologia na USP de Ribeirão, se lembrou do resultado de 82 e de como os jogadores foram aclamados pela torcida mesmo após o fracasso, mas parou por aí.
Confessando que não é muito fã de futebol, ele abre uma exceção para a seleção brasileira, a única que gosta de ver jogar e que também é sua aposta para ganhar a Copa do Mundo que está sendo disputada neste mês na África do Sul.
Em 1977, aos 23 anos, pouco após concluir o mestrado em zoologia e fisiologia, ele embarcou em direção a Inglaterra, mas, no meio do caminho, decidiu mudar a rota e desceu no canal do Panamá. Passou, então, por Costa Rica, Colômbia e Equador e chegou a São Paulo, no Brasil, onde tinha um amigo.
Meses depois aproximou-se da USP, onde engatou um doutorado. Nesse período, conheceu a sua mulher, Elaine Ribeiro, também bióloga.
No início dos anos 1990 soube de uma vaga na USP de Ribeirão, mas ficou em dúvida: deixar São Paulo em direção ao interior parecia um retrocesso. "Não via isso como uma oportunidade." Mas decidiu arriscar e se mudou para Ribeirão.
Apesar do tempo em que vive no Brasil e da naturalização, McNamara não conseguiu assimilar muito da cultura brasileira. Samba, carnaval, literatura portuguesa não caíram nas graças do professor, motivo pelo qual Elaine brinca dizendo que o marido ainda será deportado do Brasil.
(PAULO GODOY)


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