DE RIBEIRÃO PRETO

O sorriso cativante dos brasileiros chamou de imediato a atenção do francês Alain Conny, 56, na visita ao Brasil em 2001. O calor de Ribeirão também lhe agradou.
Apesar de ter nascido em Paris, Alain sempre preferiu climas mais quentes. Até os 28 anos, morou em Marselha, no sul da França. Voltou a sofrer com o frio quando se casou com uma italiana em Cuneo, norte da Itália.
Em 2001, já viúvo, conheceu pela internet a ribeirão-pretana Regina Maria de Paula. No final daquele ano, resolveu conhecer o Brasil. O clima quente -das pessoas e da atmosfera- o fez se mudar para o Brasil, em 2003.
No país, já casado com Regina, Alain chegou a trabalhar como técnico na manutenção de aparelhos eletrônicos de rodovias.
Em 2007, o francês decidiu dedicar-se à literatura. Concluiu quatro romances -três deverão ser lançados na França. Outros dois estão em fase de produção.
Nos passeios que faz pela cidade, alguns com seus dois cachorros labradores, Alain alimenta a ideia de escrever um romance sobre Ribeirão.
Até que suas ideias não sejam transcritas para o papel, Alain constrói metáforas sobre a cidade. "Ribeirão parece com uma criança de calças curtas por ter crescido tão rápido. Há muita gente, mas as avenidas são pequenas, a estrutura ainda é a mesma."
Distante do futebol, Alain confessa não torcer para nenhum time em especial. Arrisca, porém, o palpite de que o Brasil sairá como campeão da Copa do Mundo.
(JULIANA COISSI)

Texto Anterior: Apenas o sotaque une alemão a suas origens
Próximo Texto: Clima quente e amor conquistam inglês
Índice