|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
154 ANOS ESTRANGEIROS
Suíço vê a Ribeirão de favelas e mendigos
Jovem de 24 anos visita o Brasil a cada 2 anos desde que era criança
Trabalhando com ONG de Ribeirão há 3 meses, Rafael Luiz se mostra impressionado com a união dos mais pobres
DE RIBEIRÃO PRETO
Diferentemente dos estrangeiros que conhecem o
país já adultos, o suíço Rafael
Luiz Fernandes Pinheiro, 24,
cresceu com o Brasil.
Rafael, "com "f" mesmo"
logo justifica o nome tão brasileiro. "Meu pai é do Rio de
Janeiro, minha mãe é que é
suíça. Lá, as pessoas levam o
sobrenome só do pai."
A ligação com o Brasil começou quando o pai, Luiz,
mudou-se para Berna, capital da Suíça, para integrar a
União Postal Universal, da
ONU. Luiz casou-se com Ursula e teve dois filhos. Desde
então, a cada dois anos, a família visita o Brasil.
Rafael já conheceu o Nordeste, Brasília (DF) e Bonito
(MS). "Os amigos brincam
que conheço mais o Brasil do
que muito brasileiro."
Universitário na Suíça, Rafael decidiu que queria conhecer um outro Brasil. "Eu
queria fazer um estágio social. Conhecia o Brasil turístico, mais rico. Eu queria conhecer a parte mais pobre."
Rafael inscreveu-se em um
estágio e pesquisou ONGs
que realizam trabalhos sociais. Encontrou a Casa das
Mangueiras, que trabalha
com crianças em Ribeirão.
A Ribeirão que Rafael desvenda há três meses é desconhecida de muitos ribeirão-pretanos. "Visitei favelas, a
Fundação Casa [ex-Febem],
trabalhei com mendigos."
O suíço conta ter se impressionado com a união dos
mais simples. "São pessoas
que vivem com pouco, na miséria, mas são unidas, ajudam uns aos outros."
Rafael deve passar o próximo mês viajando pelo Brasil,
antes de retornar à Suíça. A
despedida pode ser temporária. "Gosto do jeito acolhedor
do brasileiro."
No futebol, Rafael torce
pelo time suíço Young Boys.
Na Copa, aposta que a África
do Sul será campeã.
(JC)
Texto Anterior: Clima quente e amor conquistam inglês Próximo Texto: Contraste impressiona estudante da Dinamarca Índice
|