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Contraste impressiona estudante da Dinamarca
Ela escolheu Ribeirão para fazer intercâmbio
DE RIBEIRÃO PRETO
As frases bem articuladas
em português quase não deixam revelar a origem de Mie
Kruse Wollesen, 17. Há dez
meses em Ribeirão, a dinamarquesa sente-se à vontade
ao conversar em uma língua
tão diferente da sua.
O português, porém, parecia impossível no começo. "A
maioria não sabia inglês.
Precisava fazer mímica."
Mie é uma intercambiária,
como são chamados os jovens que moram em outros
países por um período e se
hospedam em casas de famílias, como as do Rotary Club.
A dinamarquesa conta que
o Brasil sempre foi a sua primeira opção. "Uma amiga
morou aqui e amou. Disse
que aqui as pessoas eram alegres. Pensei: "por que não
aprender português?'"
O tamanho de Ribeirão impressionou Mie -algo natural para alguém de Hellevad,
cidade com 800 habitantes.
Os contrastes também lhe
impressionaram. "Quando
cheguei no aeroporto, vi
aquela área de favela perto,
Assusta. Mas, aqui mais no
centro, é uma região linda."
Mas os dias em Ribeirão
estão contados: Mie retorna à
Dinamarca em julho. "Não
queria ir embora. Nem sei como conseguirei voltar a ter
uma vida normal."
No futebol, Mie torce pelo
FC Kobenhaun, de sua terra.
Na Copa, torcerá para a Dinamarca até o time sair. "Depois, torço pelo Brasil."
(JC)
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