Ribeirão Preto, Segunda-feira, 20 de Junho de 2011

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Até "Pirâmide do Louvre" foi pensada para a região central

DE RIBEIRÃO PRETO

Em 1991, o então prefeito Welson Gasparini (hoje PSDB), que estava em seu terceiro mandato à frente da Prefeitura de Ribeirão Preto, lançou um concurso público de ideias para a revitalização da região central da cidade.
Um grupo de seis arquitetos, vencedor do concurso, vislumbrou no projeto uma menção a Paris na cidade que, nos tempos do café, se gabava de ser chamada de "A Pequena Paris".
Na praça Carlos Gomes, o projeto previa o surgimento de uma grande pirâmide de vidro, como a que está instalada no complexo do Museu do Louvre, dá acesso ao acervo e é constantemente utilizada por Hollywood como locação em filmes.
Pela pirâmide, como é a de Paris, os moradores de Ribeirão ou os milhares de habitantes da região que visitam a cidade diariamente poderiam descer escadas.
Embaixo, eles encontrariam lojas de conveniência e também um estacionamento subterrâneo.
A sofisticação do projeto previa uma obra bancada pela iniciativa privada, que poderia depois explorar o serviço de estacionamento -um prenúncio da dificuldade atual de se encontrar vagas nas ruas da região central.
O arquiteto Sérgio Coelho, 51, um dos responsáveis pelo projeto da gestão Gasparini, afirmou que já se previa na época retirar as propagandas em placas de alumínio das lojas para recuperar as fachadas dos casarões em tons pasteis, que ficavam escondidas atrás das placas.
Vinte anos depois, a poluição visual só se agravou. Há um projeto em discussão na Câmara, o Cidade Limpa, que tem como objetivo padronizar os anúncios.
Uma CEE (Comissão Especial de Estudos) analisa desde o ano retrasado o impacto dessa lei na cidade.
Enquanto a lei não caminha, um decreto "congelou" desde o mês de março a instalação de novos outdoors em Ribeirão Preto.
Ao olhar atualmente para a região central da cidade, o arquiteto diz encontrar novos desafios.
"Acho que o tempo passou, hoje seria necessário um novo projeto. O centro precisa dar atenção à terceira idade e de mais segurança. Está um pouco ao Deus dará", afirmou Coelho.


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