da Folha Ribeirão

O empresário Marcel Augusto Veronezi, um dos proprietários da empresa Telmac, de motores e acessórios de indústria, teve de mudar a empresa de local para fugir das enchente que ocorrem todos os anos na avenida Francisco Junqueira.
Ele e seu pai construíram uma nova sede, que continuou na avenida, mas que fica a 2 metros de altura em relação ao nível da rua.
"Foram gastos mais de dez caminhões de terra para conseguirmos ficar em um nível em que as águas das chuvas não nos atingissem mais", disse.
Segundo ele, a empresa havia tido um prejuízo de R$ 100 mil na antiga sede. "Trabalhamos com motores elétricos e, se eles forem molhados, estragam. Perdemos grande parte das mercadorias em outros anos."
A nova sede ficou pronta no final do ano passado e não foi atingida pelas enchentes ocorridas no início de 99, de acordo com Veronezi.
"Tivemos de tomar providências por conta própria. Não acredito que as obras previstas para ser construídas pela prefeitura poderão resolver o problema das enchentes."
A avenida Francisco Junqueira é cortada pelo córrego do Retiro Saudoso, que sobe constantemente de nível com as chuvas.
Segundo o secretário do Planejamento e Gestão Ambiental, José Américo Rubiano, com o prolongamento da avenida até a altura da rodovia Anhanguera, ocorrido recentemente, aumentou-se o risco de enchentes no córrego.
"O asfaltamento das áreas próximas à avenida causou uma maior dificuldade de escoamento da água."
De acordo com especialistas, sem mecanismos adequados para dissipar a velocidade da água da chuva no asfalto, o nível dos rios sobe mais rápido e, consequentemente, os "picos" de enchente são maiores.



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