Ribeirão Preto, Quinta-feira, 21 de Maio de 2009

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SAÚDE

Unesp cria fórmula para o consumo de AZT por via nasal

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara estão desenvolvendo um experimento que promete melhorar a qualidade de vida de pessoas com Aids.
A novidade é a produção de uma nova fórmula do AZT -um dos medicamentos utilizados no tratamento da doença- que possa ser consumida pela via nasal.
Atualmente, o AZT -também conhecido como zidovudina- é administrado pela via oral na forma de comprimidos de 100 miligramas.
A nova formulação tem como objetivo aumentar a absorção do medicamento no organismo, permitindo a redução das dosagens e a diminuição de efeitos colaterais, como anemia e fraqueza.
Estima-se que os efeitos tóxicos do AZT afetem 80% dos pacientes. "Com a nova fórmula, esperamos que o paciente não precise tomar uma dosagem tão alta do medicamento para manter a eficácia do tratamento", afirmou Flávia Chiva Carvalho, autora da pesquisa, desenvolvida desde 2006 e parte de seu doutorado.
Segundo a pesquisadora, na passagem pelo estômago e pelo intestino, o AZT entra em contato com substâncias que podem decompor o medicamento -o que induz à produção de fórmulas tóxicas ou inativas. Com a ingestão pela via oral, apenas 60% do medicamento chega ao organismo sem sofrer alterações. O AZT é um medicamento antirretroviral, ou seja, atua para inibir a reprodução do vírus. De acordo com o Ministério da Saúde, 181 mil usam esse produto como tratamento no país.
No Estado de São Paulo, no mês passado, o medicamento foi distribuído a 800 pacientes, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. O estudo ainda está em fase de testes e não há previsão de produção do remédio em escala industrial.


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