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SAÚDE
Unesp cria fórmula para o consumo de AZT por via nasal
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp (Universidade
Estadual Paulista) de Araraquara estão desenvolvendo
um experimento que promete melhorar a qualidade de
vida de pessoas com Aids.
A novidade é a produção
de uma nova fórmula do AZT
-um dos medicamentos utilizados no tratamento da
doença- que possa ser consumida pela via nasal.
Atualmente, o AZT -também conhecido como zidovudina- é administrado pela
via oral na forma de comprimidos de 100 miligramas.
A nova formulação tem como objetivo aumentar a absorção do medicamento no
organismo, permitindo a redução das dosagens e a diminuição de efeitos colaterais,
como anemia e fraqueza.
Estima-se que os efeitos
tóxicos do AZT afetem 80%
dos pacientes. "Com a nova
fórmula, esperamos que o
paciente não precise tomar
uma dosagem tão alta do medicamento para manter a eficácia do tratamento", afirmou Flávia Chiva Carvalho,
autora da pesquisa, desenvolvida desde 2006 e parte
de seu doutorado.
Segundo a pesquisadora,
na passagem pelo estômago e
pelo intestino, o AZT entra
em contato com substâncias
que podem decompor o medicamento -o que induz à
produção de fórmulas tóxicas ou inativas. Com a ingestão pela via oral, apenas 60%
do medicamento chega ao
organismo sem sofrer alterações. O AZT é um medicamento antirretroviral, ou seja, atua para inibir a reprodução do vírus. De acordo com
o Ministério da Saúde, 181
mil usam esse produto como
tratamento no país.
No Estado de São Paulo,
no mês passado, o medicamento foi distribuído a 800
pacientes, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. O
estudo ainda está em fase de
testes e não há previsão de
produção do remédio em escala industrial.
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