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Total de cana moída pelas usinas até maio é 21% maior
Foram processadas cerca de 134,2 milhões de toneladas, ante 110,8 milhões em 2009
DE RIBEIRÃO PRETO
A moagem de cana-de-açúcar para safra 2010/2011,
que está em andamento, encerrou o mês de maio com
um volume 21% maior do
que o registrado no mesmo
período da safra passada.
Os dados são da Unica
(União da Indústria de Cana-de-Açúcar) e abrangem o
centro-sul, região responsável por 80% da produção.
De acordo com a entidade,
até maio deste ano foram
moídas 134,2 milhões de toneladas de cana. Essa matéria-prima foi usada para produzir 5,4 bilhões de litros de
etanol e 6,6 milhões de toneladas de açúcar.
No final de maio da safra
2009/2010, haviam sido processadas 110,8 milhões de toneladas de cana, que deram
origem a 4,6 milhões de toneladas de açúcar, e 5,4 bilhões
de litros de etanol.
O responsável pelo avanço
do processamento de cana
na safra atual é o clima.
Nos últimos meses de
2009, a produção do setor sucroalcooleiro sofreu com interrupções causadas por um
período de chuvas.
De acordo com o assessor
técnico da Canoeste, Oswaldo Alonso, essas paralisações levaram a uma sobra de
matéria-prima nos canaviais.
Para processar a cana extra, usinas começaram a funcionar mais cedo neste ano.
A estiagem nos meses de
abril e maio contribuiu para
as empresas conseguirem
moer sem interrupções, ou
seja, começaram antes e não
foram atrapalhadas ao longo
da colheita, segundo o assessor da Canoeste.
O diretor regional da Unica
Sérgio Prado também atribui
à antecipação da safra e ao
período sem chuvas o aumento na moagem de cana.
O tempo seco também elevou a qualidade da cana colhida, o que ajudou a aumentar o ATR (Açúcar Total Recuperável) da matéria-prima,
de acordo com Prado.
Apesar do patamar elevado de produção alcançado
pelas usinas até maio, ao final da safra o avanço não deve manter o ritmo atual, de
acordo com Alonso.
Segundo ele, como as usinas começaram a processar
cana mais cedo, o final do período de colheita também deve ser antecipado, fazendo
com que o aumento na produção seja menos intenso do
que o observado até maio.
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