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Boias-frias passam por curso de requalificação profissional em Ribeirão
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
RIBEIRÃO
Cerca de 2.000 cortadores
de cana-de-açúcar passarão
por cursos profissionalizantes gratuitos no Estado até setembro. Pelo menos 400 deles trabalham para usinas da
região de Ribeirão Preto.
Desse total, 128 alunos já
participam das aulas em Ribeirão desde segunda-feira.
Os cursos de soldador, eletricista de trator, eletricista de
colhedora e mecânico de trator vão durar entre um e dois
meses de aulas diárias.
Patrícia do Prado, 38, que
cortou cana por 11 anos, é a
única mulher na primeira fase. Casada e mãe de três filhos, está afastada da Usina
Santo Antônio, de Sertãozinho, devido ao desgaste no
joelho por esforço repetitivo.
"Com o curso, poderei voltar a trabalhar e ainda ganhar
mais do que eu ganho", afirmou. Hoje, ela ganha R$ 589.
As aulas serão ministradas
nas unidades do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Araçatuba, Bauru, Piracicaba, Presidente Prudente, São José do
Rio Preto e Ribeirão Preto.
O projeto, batizado de Renovação, é custeado pela Unica (união da indústria da cana), por empresas fornecedoras do setor sucroenergético e
pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A
meta é formar 7.000 trabalhadores por ano até 2017, quando o corte manual deve ser extinto. "A maioria será aproveitada nas usinas", diz Sérgio
Prado, diretor da Unica.
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