Iniciativas pontuais de professores garantem a visita de alunos de escolas da região central

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Secretaria de Estado da Educação de Ribeirão não possui um programa educativo ou verba para transportar alunos da rede estadual até a 9ª Feira do Livro de Ribeirão, que acontece no centro da cidade.
As iniciativas que existem são pontuais, de alguns professores e que vão a pé com alunos de escolas próximas à feira. A aglomeração de adolescentes é uma das principais reclamações de livreiros -eles dizem que o garotos não compram e espantam clientes.
Ao andar pelo evento, durante o dia, quando se vê adolescentes, a maioria está em grupo e acabou de sair da aula de escolas centrais como Otoniel Mota e Tomás Alberto Whatelly.
Na escola Cônego Barros, um professor de geografia saiu com os alunos em parte da sua aula para visitar a feira, mas isto porque os professores das últimas duas aulas concordaram em dispensar a turma.
Na Otoniel Mota, anteontem, alunos contam que a escola dispensou mais cedo os estudantes. A presença monitorada acontece só com alunos de escolas particulares e da rede municipal, que têm lotado as sessões de contação de histórias, cinema e exibições do planetário, entre outras.
O estudante Renan Wesley Caldeira de Oliveira, 17, da Otoniel, foi ontem à Feira para passear com os amigos. "A gente não veio para ver os estandes. Se tivesse um professor junto, acompanhando para nos instruir, seria melhor."
Melissa Galvão Picinatto, 17, da Whatelly, estava na feira pela primeira vez, ontem. "Vim por conta própria. Acho que a escola poderia nos trazer."
Já na rede municipal e particular, as escolas agendaram semanas antes em quais eventos iriam participar. As turmas lotaram as sessões de contação de histórias, cinema e a Casa de Cora Coralina.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação disse que a rede estadual não participa da feira porque o evento é organizado pelo município e que mantém programa próprio para financiar idas a museus e feiras culturais.


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