DA FOLHA RIBEIRÃO

Entre os problemas apresentados por famílias de decasséguis aos profissionais do projeto Kaeru, as principais queixas estão relacionadas a dificuldades de adaptação psicológica e cultural das crianças e desconhecimento do português.
Dos dados computados até julho do ano passado, que somavam 103 atendimentos, 21 diziam respeito a crianças depressivas, agressivas, com dificuldade de concentração e de relacionamento na escola.
Outras 20 solicitações tinham relação com crianças que não falam português ou entendem muito pouco da língua. Nesses casos, os pais procuram aulas de reforço nas escolas ou professores bilíngues.
Segundo a psicóloga Kyoko Nakagawa, muito comuns também são os casos em que as famílias de decasséguis voltaram do Japão sem a documentação necessária para matricular os filhos em escolas brasileiras. Até julho de 2009, foram 11 pedidos de ajuda ao projeto Kaeru para resolver esse problema.
"Como as famílias estavam no Japão há muitos anos e não pretendiam voltar, elas estavam completamente desinformadas em relação ao Brasil. Teve gente que voltou sem nenhum documento dos filhos e não conseguiu matriculá-los."




Texto Anterior: Garoto de Franca entra em classe especial após família voltar do Japão
Próximo Texto: Pastoral compila em livro o dia a dia dos boias-frias da região
Índice