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30% faltam no mutirão do DNA em Ribeirão
1.450 famílias foram convocadas para fazer exame que comprova paternidade
Nova rodada de exames determinada pela Justiça
vai ocorrer em julho no Hospital das Clínicas para 1.100 famílias da região
DA FOLHA RIBEIRÃO
O mutirão de DNA realizado
no final de semana pelo Imesc
(Instituto de Medicina Social e
de Criminologia) no Hospital
das Clínicas em Ribeirão Preto
deveria ter atendido pelo menos 4.350 pessoas de 60 cidades da região (referente a 1.450
famílias), mas, uma das partes
(pai, filho ou mãe) faltou em
cerca de 30% dos casos.
A avaliação é da responsável
pelo Núcleo de Perícias Laboratoriais do Imesc, Alessandra
Simões Bassini.
O número de abstenções é
considerado normal, já que se
trata de casos em que mães e
supostos pais discutem a questão da paternidade na Justiça
-a realização do exame é determinação judicial.
Na maior parte dos casos, segundo Simões, é a mãe quem
pede a realização do exame na
Justiça, para que o suposto pai
reconheça o filho e passe a pagar pensão alimentícia.
É o caso de Vanessa Aparecida Aranda, 26, que saiu de Terra Roxa para fazer o exame,
mas foi impedida porque o pai
da criança não compareceu. Segundo ela, o suposto pai nega a
paternidade e não paga a pensão alimentícia, o que a motivou a entrar na Justiça para que
ele reconheça o menino, que
tem dois anos.
Também são comuns, de
acordo com Simões, casos em
que o pai ingressa na Justiça
para comprovar que o filho que
ele já reconheceu é mesmo seu.
O lavrador Jackson de Araújo
Silva, 23, de Cajuru, encaixa-se
nos dois perfis. Ele esteve no
mutirão para comprovar a paternidade de uma criança, a
quem já reconheceu e paga
pensão, e também foi convocado para fazer o teste de DNA
para saber se é pai de outra
criança, ainda não reconhecida.
Segundo Simões, no caso das
pessoas que não puderam fazer
o exame por causa do não-comparecimento de uma das partes, uma declaração será enviada à Justiça notificando a falta.
Para zerar a fila dos exames
de paternidade em Ribeirão, o
Imesc irá realizar outro mutirão, nos dias 18 e 19 de julho,
com mais 1.100 famílias.
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