DE RIBEIRÃO PRETO

Há 41 dias, a operadora de caixa Karen Daniele, 22, aguarda o resultado dos laudos que apontarão a responsabilidade pelo acidente que matou seus pais e a irmã mais nova rodovia prefeito Fábio Talarico, em São Joaquim da Barra.
O casal Jandemir Missias da Silva, 47, e Elizete Aparecida da Silva, 46, e a filha Isabella da Silva, 12, estavam no Fiat Uno que bateu de frente com a camionete Ford Edge do candidato a deputado federal Tirso Meirelles (PSDB).
O caso de homicídio culposo no trânsito foi um entre os 250 ocorridos na região no primeiro semestre. Karen personifica o drama das famílias atingidas pelos desastres de trânsito.
"Eu tenho 22 anos, tinha uma família e planos, mas agora não mais. Está difícil. Por mais que eu tenha outras pessoas que me apoiam, é difícil substituir meus pais e minha irmã."
O advogado do candidato no caso, Luiz Flávio D'Urso, disse que ele também é vítima. "Os laudos periciais vão identificar o que realmente aconteceu. É fato que as condições da pista não eram boas."
D'Urso disse que, depois do acidente, Meirelles sofreu uma queda, está completamente imobilizado e passa por tratamento médico em São Paulo.
A região de Ribeirão registrou outros casos graves no semestre. Em fevereiro, um caminhão desgovernado matou duas pessoas e deixou outra gravemente ferida em Cajuru.
Foi "a maior tragédia da história do trânsito de Cajuru", afirmou na época o delegado titular da cidade, Paulo José Esteia Piçarro. O motorista do caminhão disse à polícia, na ocasião, que o veículo perdeu o freio e as marchas.
Outro acidente em fevereiro, na rodovia Brigadeiro Faria Lima, em Barretos, matou uma jovem e feriu outros 12 estudantes após um ônibus tombar.


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