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Setor canavieiro prepara manifesto com demandas
Documento será entregue ao governo após a posse do novo presidente
Temas debatidos ontem em Sertãozinho, como a transformação do etanol em commoditty, estão no manifesto
ARARIPE CASTILHO
ENVIADO ESPECIAL A SERTÃOZINHO
Empresas e entidades ligadas à atividade canavieira
preparam um "manifesto"
do setor para ser enviado ao
governo federal em janeiro,
tão logo o novo presidente da
República tome posse.
O documento sairá das demandas apresentadas ontem
em Sertãozinho, durante o
12º Fórum Internacional sobre o Futuro do Álcool, que
antecedeu a abertura das feiras Fenasucro e Agrocana.
A última vez que o setor se
posicionou dessa forma frente à União foi no final dos
anos 90, segundo Adézio
Marques, presidente do Ceise-BR (Centro Nacional das
Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético), realizador do fórum.
"Faremos uma compilação de todas as sugestões e
demandas do setor energético em uma proposta oficial
que será enviada ao futuro
ministro da Agricultura e a
todas as autoridades de Estado capazes de ajudar", disse.
A intenção é que o governo
federal faça gestões para auxiliar, por exemplo, nos processos de internacionalização do etanol e globalização
do comércio do produto.
Possibilidades de transformação do etanol em commoditty, aliás, deram o tom do
fórum ontem e devem continuar em pauta durante a Fenasucro, que começa hoje e
segue até a próxima sexta.
"Sem dúvida esse documento será o maior subsídio
que a União terá para tomar
decisões concretas que venham atender as expectativas dessa cadeia produtiva."
O principal entrave para a
livre comercialização do álcool ainda é a concentração
da produção em apenas dois
países: Brasil e EUA. O fórum
teve a participação da candidata do PV à Presidência da
República, Marina Silva.
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