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São Paulo testa pontos da reforma feita em Nova York
Projeto-piloto implantado na zona leste pela Fundação Itaú Social estimula a atuação dos pais no cotidiano escolar
Programa experimental é desenvolvido em dez escolas; professores têm apoio de tutores para preparar as aulas
ENVIADO A NOVA YORK
O modelo de Nova York dificilmente seria implementado em escolas brasileiras,
mas especialistas defendem
que alguns pontos podem
inspirar políticas locais.
Algumas medidas já estão
em teste em dez escolas estaduais da zona leste de São
Paulo, em projeto-piloto da
Fundação Itaú Social e do
Instituto Fernand Braudel.
Nessas unidades, foi criado o cargo de coordenador de
pais, para estimular a participação das famílias no cotidiano escolar, e professores
passaram a ter apoio de tutores no preparo das aulas.
O projeto começou no ano
passado e, por isso, ainda
não há avaliações externas
que comprovem sua eficácia,
mas o vice-presidente da
Fundação Itaú Social, Antonio Matias, diz que os resultados são animadores.
A autonomia de diretores
para remanejar verba e pessoal é outro aspecto proposto, mas a aplicação no Brasil
depende de mudança na lei.
Tampouco seria fácil fechar escolas com maus resultados. Antes disso, seria preciso dar mais poderes e preparar diretores para assumirem um novo papel.
Paula Louzano, doutora
em educação pela Universidade Harvard, é cética quanto ao afastamento de docentes com desempenho ruim.
Ela lembra que há, no Brasil,
deficit de profissionais, e não
haveria gente qualificada para ocupar os postos vagos.
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