São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2010

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São Paulo testa pontos da reforma feita em Nova York

Projeto-piloto implantado na zona leste pela Fundação Itaú Social estimula a atuação dos pais no cotidiano escolar

Programa experimental é desenvolvido em dez escolas; professores têm apoio de tutores para preparar as aulas

ENVIADO A NOVA YORK

O modelo de Nova York dificilmente seria implementado em escolas brasileiras, mas especialistas defendem que alguns pontos podem inspirar políticas locais.
Algumas medidas já estão em teste em dez escolas estaduais da zona leste de São Paulo, em projeto-piloto da Fundação Itaú Social e do Instituto Fernand Braudel.
Nessas unidades, foi criado o cargo de coordenador de pais, para estimular a participação das famílias no cotidiano escolar, e professores passaram a ter apoio de tutores no preparo das aulas.
O projeto começou no ano passado e, por isso, ainda não há avaliações externas que comprovem sua eficácia, mas o vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antonio Matias, diz que os resultados são animadores.
A autonomia de diretores para remanejar verba e pessoal é outro aspecto proposto, mas a aplicação no Brasil depende de mudança na lei.
Tampouco seria fácil fechar escolas com maus resultados. Antes disso, seria preciso dar mais poderes e preparar diretores para assumirem um novo papel.
Paula Louzano, doutora em educação pela Universidade Harvard, é cética quanto ao afastamento de docentes com desempenho ruim. Ela lembra que há, no Brasil, deficit de profissionais, e não haveria gente qualificada para ocupar os postos vagos.


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