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Silicone francês tinha aditivo de combustível

Carlos Garcia Rawlins/Reuters
A venezuelana Rita De Martino, 27, que tinha as próteses
A venezuelana Rita De Martino, 27, que tinha as próteses

da france presse

Um aditivo para combustíveis foi detectado no gel das próteses mamárias defeituosas da empresa francesa PIP (Poly Implant Prothèse, já falida), que estão no centro de um escândalo mundial, revelou a rádio francesa RTL.

Segundo a emissora, as próteses da marca PIP continham uma mistura de produtos encomendados de grandes grupos de química industrial, que nunca foram objeto de testes clínicos sobre eventuais efeitos nocivos para o organismo humano.

Entre os produtos estava o aditivo para combustíveis Basylone, assim como Silopren e Rhodorsil, utilizados na indústria da borracha.

Aparentemente, tais produtos provocaram a ruptura dos implantes.

"Segundo a Afssaps [Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde], os fabricantes sabiam que se tratava de um gel impróprio para fins médicos, mais utilizado no setor alimentar e de informática", declarou o médico assessor de uma associação de mulheres que utilizaram próteses PIP, Dominique-Michel Courtois.

"Não era possível imaginar que o gel pudesse conter um aditivo para combustíveis. É por isso que pedimos análises de próteses retiradas diretamente das pacientes para comprovar isso", declarou um dos advogados das mulheres, Philippe Courtois.

De acordo com Courtois, as análises da Afssaps foram feitas apenas em próteses apreendidas no estoque da empresa PIP em março de 2010.

Segundo o advogado, também devem ser feitas análises no exterior, depois da revelação, na imprensa britânica, de uma taxa de ruptura das próteses PIP muito mais elevada no Reino Unido.

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