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Plantão Médico

JULIO ABRAMCZYK julio@uol.com.br

Traumas em terremotos

Na quarta-feira, mais um terremoto ocorreu na Turquia, com seu rastro de mortos e feridos. Mais um dos dois que ocorrem diariamente e que chegam a mais de 1 milhão com discreta magnitude a cada ano.
As consequências dos terremotos são bem diferentes das observadas nas inundações e furacões, explicam os médicos Susan Bastels e Michael Van Rooyen, da Universidade Harvard, EUA, em artigo recente na "Lancet".
Apesar das muitas mortes por afogamento, tempestades deixam poucos traumas médicos ou cirúrgicos nos sobreviventes. Dessa forma, não é necessário um incremento maior de retaguarda médica para a população atingida.
Entretanto, os terremotos não só provocam muitas mortes mas também traumatismos severos que requerem atendimento médico e cirúrgico de emergência.
Uma das complicações mais frequentes é o esmagamento de músculos, levando à necrose e consequente insuficiência renal aguda (síndrome do esmagamento).
Mortes súbitas e infartos surgem com um aumento de 35% em relação à semana anterior ao sismo. Os serviços de água potável e esgoto quebram, o que possibilita o surgimento de doenças infecciosas e consequente epidemia.
Entre outras complicações médicas associadas aos terremotos estão as fraturas ósseas, expostas ou não, os problemas de ansiedade e medo que surgem na população e os graves problemas neurológicos decorrentes de injúria na coluna vertebral.

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