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Cresce reprodução assistida para casais com HIV
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos poucos centros especializados em reprodução assistida para casais soropositivos ou sorodiscordantes (quando só um é portador do HIV), a
Faculdade de Medicina do
ABC, em São Paulo, vem registrando aumento de 10% ao ano
na procura pelos procedimentos. Na grande maioria dos casos, só o homem está infectado.
"De 2006 a 2008 vimos um
"boom" na procura", diz Waldemar de Carvalho, coordenador
do Centro de Reprodução Assistida em Situações Especias
da instituição. Segundo Caio
Parente Barbosa, responsável
pela disciplina de ginecologia e
obstetrícia da faculdade, já foram feitos mais de 300 procedimentos do tipo desde 2006
-hoje são de 20 a 25 por mês.
Desde abril, uma parceria da
faculdade com a Secretaria de
Estado da Saúde de São Paulo
está oferecendo esse serviço na
rede pública. "Hoje, o soropositivo tem uma sobrevida maior e
tem direito à concepção segura", diz Maria Clara Gianna,
coordenadora do programa estadual DST/Aids.
Quando o homem é portador
do HIV, a técnica indicada é a
lavagem de esperma. Em clínicas particulares, o tratamento
custa em torno de R$ 15 mil.
"A procura é maior do que há
cinco anos", diz Edson Borges,
da clínica Fertility. Para Arnaldo Cambiaghi, especialista em
medicina reprodutiva, a demanda também tem crescido.
"Há mais conscientização."
"Vários lugares do mundo
usam essa técnica e os resultados são positivos", diz Eduardo
Pandolfi Passos, vice-presidente da Sociedade Latino-Americana de Reprodução Assistida.
"O tratamento avançado e a
segurança do procedimento
têm feito muitos casais buscarem ajuda para ter filhos. E eles
têm direito como qualquer outro casal", diz Mario Scheffer,
presidente da ONG Pela Vidda.
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