São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2010

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"Mais minha mãe pedia e menos ainda eu comia"

DE SÃO PAULO

Seis anos atrás, a professora Renata Lima de Oliveira, então com 19 anos e 59 kg, decidiu que precisava emagrecer. O objetivo era chegar aos 40 kg, mesmo tendo 1,74 m de altura.
Com uma dieta radical, em poucos meses ele atingiu 48 kg. Mas ainda não estava satisfeita. "Comecei a provocar vômitos depois que comia. Sentia que ainda estava cheia, então bebia água para vomitar mais."
Durante um ano, sua mãe, Edna Lima de Oliveira, não desconfiou de nada.
"Uma prima descobriu e ameaçou contar tudo. Então, eu mesma contei para minha mãe. Foi horrível. Nossa relação piorou. Não sabia mais como falar com ela. Quanto mais a minha mãe pedia para eu comer, menos ainda eu comia".
Contra a vontade, Renata fez 12 sessões de terapia e, quando melhorou, parou. Logo, tudo voltou como era.
"A doença era a minha rotina. Comer mal e vomitar fazia parte do cardápio". E nada que sua mãe fazia a ajudava, conta.
A mãe, Edna, explica que perdeu um filho com leucemia: "Ele queria comer e não conseguia. Eu não me conformava de a Renata poder comer e não querer".
Foram quatro anos de desentendimentos. No começo do ano passado, Renata cedeu e procurou ajuda no Hospital das Clínicas.
Lá, sua mãe e sua irmã mais velha foram convidadas a participar da terapia. Como o quadro era sério, Renata acabou internada.
"Com a internação e a terapia, tudo começou a melhorar. A Renata entendeu que precisava de ajuda e nós aprendemos a vigiar sem sufocar", disse a mãe.


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