São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010

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FOCO

Ferdaus Shamim - 17.set.2010/Getty Images
Beth Ditto em lançamento de coleção de moda, em Londres

Magreza não é sinônimo de saúde, afirma cantora inglesa

DO "THE INDEPENDENT"

Beth Ditto, a cantora da banda inglesa Gossip, foi à luta junto com suas companheiras de tamanhos grandes. Forçada a defender seu peso várias vezes, Ditto atacou, na semana passada, o senso comum segundo o qual é mais saudável ser magra do que ser gorda.
A cantora afirmou que é gorda (tamanho 56), mas não há motivo para dizerem que não seja saudável. "Uma das coisas mais cansativas de ser gorda e orgulhosa é ter que se justificar o tempo todo."
Ela acrescentou: "É muito interessante para mim que as pessoas vejam alguém magro e digam: "Essa pessoa é saudável". Eu quero dizer: "Abra minha geladeira e olhe, e vamos conversar sobre o que você acha que é tão ruim". Para ser magra, algumas pessoas usam cocaína o tempo todo. Outras fumam em vez de comer. Isso é loucura. Mas tudo bem, porque você parece mais saudável".
Parecer saudável não é o suficiente, de acordo com os médicos. Exames de ressonância mostram que até pessoas magras podem ter depósitos de gordura ao redor de órgãos vitais, como coração, fígado e pâncreas. Ser gordo por dentro pode ser tão perigoso quanto ter uma gordura mais óbvia, como a de Ditto.
A fala da cantora tocou no centro da polêmica do estilo "tamanho zero" que tomou o mundo da moda nos últimos anos. Ativistas preocupados com os perigos da magreza, vêm tentando convencer os estilistas a evitar a exibição de meninas que parecem pele e osso nos desfiles.
Mas a estética da magreza ainda predomina. Não que falte demanda para tamanhos grandes. O lançamento, na semana passada, da segunda coleção de Beth Ditto para a rede Evans, de roupas grandes, causou frenesi global entre as "fatshionistas" (fashionistas gordas).


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