São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 2011 |
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ANÁLISE Falta de tempo deixa comida de verdade fora da mesa DANIEL MAGNONI ESPECIAL PARA A FOLHA A situação nutricional do brasileiro é compatível com as piores expectativas da atualidade, assim como observamos em outros países em desenvolvimento e do Primeiro Mundo. O maior tempo dedicado ao trabalho leva a um consumo crescente de alimentos industrializados, prontos e com excesso de sal, açúcar e gordura saturada, além da opção pelo fast food. A manipulação dos alimentos na forma natural, principalmente frutas, legumes e verduras, está sendo relegada ao segundo plano do planejamento doméstico. Ao mesmo tempo, cada vez mais observamos a popularização do uso de suplementos de minerais, como cálcio, potássio e zinco, ou de vitaminas, na tentativa de suprir uma necessidade artificial, criada pela publicidade. É mais fácil tomar uma pílula do que comer três porções de frutas e vegetais todos os dias. Grupos específicos, como idosos, podem precisar dessa suplementação, em forma de produtos farmacêuticos ou de alimentos fortificados com fibras solúveis, ômega-3 etc. Mas o que as pesquisas mostram é a necessidade de projetos educacionais para a alimentação saudável, que ataquem tanto a desnutrição infantil quanto a obesidade. Seria necessário um pacto incluindo a indústria da alimentação e as esferas de governo em prol dessas ações educativas. Por que não um projeto "Obesidade Zero"? DANIEL MAGNONI, cardiologista e nutrólogo, é diretor de nutrição do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia Texto Anterior: Dieta do brasileiro é pobre em nutrientes e rica em calorias Próximo Texto: Cerveja e comida gordurosa são mais consumidas na rua Índice | Comunicar Erros |
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