São Paulo, domingo, 08 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TERETETÉ

Anedotas do Showbiz Americano

por TETÉ RIBEIRO, DE WASHINGTON

SEPARADOS NO NASCIMENTO?

EM "PINEAPPLE EXPRESS", O "STONER MOVIE" DA TURMA DE JUDD APATOW QUE ESTRÉIA EM OUTUBRO NO BRASIL, o ator James Franco está a cara de Brad Pitt no filme "Amor à Queima Roupa", de 1993, em que faz um maconheiro que não sai do sofá. Não por acaso: o personagem foi inspirado nele. No segundo roteiro assinado pela dupla Seth Rogen e Evan Goldberg, os criadores do genial "Superbad" (genial, pronto, falei) se propuseram a reinventar o "stoner movie" como fizeram com a comédia adolescente no primeiro filme.

"Stoner movie" quer dizer literalmente filme de maconheiro. O pioneiro do estilo é "Sem Destino", de 1969, mas o que era contra-cultura nos anos 60 virou puro entretenimento nos anos zero -e isso diz tanto sobre Hollywood quanto qualquer tese de mestrado. E James Franco parece ter encontrado o personagem de sua vida. Há seis anos, ganhou um Globo de Ouro pela interpretação de James Dean na telebiografia homônima.

Desde então, quase virou galã, mas por algum motivo nunca conseguiu repetir o sucesso. Fofinho pela própria natureza, James Franco foi escalado para ser o personagem mais certinho, um comprador eventual que freqüenta a casa do traficante-maconheiro, que seria vivido por Seth Rogen. Mas, quando chegou ao escritório de Apatow de cabelo ensebado, roupa desgrenhada e cara de chapado, ganhou o personagem principal.

O filme promete fazer mais sucesso em DVD que nos cinemas, por motivos óbvios. O site www.ridetheexpress.com tem trailer normal, "stoner trailer", videogame, grupo no Facebook e página no My Space. Vale a viagem. Visita, vale a visita.

ALHO E BUGALHO

NÃO CONFUNDA MARY-KATE OLSEN, 22, COM SUA IRMÃ GÊMEA ASHLEY. Elas não são idênticas, e Mary-Kate (à dir.) é a que se veste como uma mendiga de cem anos, enquanto Ashley parece qualquer bilionária de sua idade. E foi M-K que roubou a cena como uma cristã radical que vende maconha na igreja na série "Weeds". Agora, no filme "The Wackness", premiado em Sundance, a atriz faz uma garota dos anos 90 em Nova York que vive como se estivesse em San Francisco nos anos 60. E, numa viagem de ecstasy, se agarra com o personagem de Ben Kingsley em uma cabine de telefone. O filme não tem título em português nem data de estréia.

NA ALEGRIA E NA TRISTEZA

UM "STONER MOVIE" COM TÍTULO IMPROVÁVEL PERMANECE EM CARTAZ nos cinemas americanos há dois meses. É "Harold and Kumar Escape From Guantanamo Bay", continuação do cult "Madrugada Muito Louca", de 2004, que no saiu no Brasil direto em DVD. No novo longa, que estréia por aí em setembro, Harold Lee (John Cho, à esq.) e Kumar Patel (Kal Penn, à dir.) estão a caminho de Amsterdã quando são presos, confundidos com terroristas e mandados para a base militar norte-americana de Guantánamo. Conseguem fugir, pegam carona em uma balsa de cubanos a caminho de Miami -e isso são apenas os dez minutos iniciais do filme.

Kal Penn, 31, americano descendente de indianos, está no elenco do seriado "House", foi o terrorista Ahmed na última temporada de "24 Horas" e protagonizou o belo "Nome de Família", de Mira Nair. Mas, ultimamente, foi sua atuação política que chamou a atenção.

Aflito com a indecisão dos democratas, escreveu uma carta aos dois superdelegados mais jovens do partido, Lauren Wolfe e Awais Khaleel, pedindo que votem em Obama. "Foi importante se manter neutros enquanto os candidatos tentavam conquistar o apoio dos jovens", escreveu o ator. "Mas esse momento chegou e já foi embora." Os dois apoiaram Obama.


Texto Anterior: TÊTE-À-TÊTE: Danny Paradise, por Teté Ribeiro
Próximo Texto: POP UP: Juliana Mundim, por Iara Crepaldi
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.