São Paulo, domingo, 27 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

POP UP

Gente em expansão

por CAMILA YAHN

Tropicalistas 2008

avaf: ametista fluorita ambar valerato; "attachment venerable aural following"; "a voi ancora freschi"; "abra vana alucinete fogo". Não se esforce muito para decifrar. Há inúmeros significados para a sigla, mas a definição que originou o projeto avaf é "assume vivid astro focus". Para quem continua sem entender, avaf é uma força coletiva que vem contaminando o mundo com uma arte libertária, experimental e sensorial.

O grupo multicultural é uma das atrações da próxima Bienal de São Paulo, em outubro, e está paralelamente desenvolvendo projetos para um espaço público em Roma e para uma galeria em Berlim. Na mostra "Absolutely Venomous Accurately Fallacious (Naturally Delicious)", em cartaz até 10 de agosto na galeria Deitch Projects, em Nova York, o avaf conta com a participação de 16 artistas vindos do Brasil, da França e dos EUA, entre outros países. O coletivo ocupa o espaço com instalações, esculturas, performances, pinturas, dança, desenhos e música.

O clima libertário muito se assemelha ao dos Novos Baianos e ao dos tropicalistas. Eles reconhecem influências da Tropicália e têm como referência os Mutantes, Hélio Oiticica e Lygia Clark. O conceito de canibalismo também é adotado pelo grupo. "É o que chamamos de contaminação. Eu como você, outra pessoa vem e me come e começamos a formar esse grande corpo único. É assim que acontece nas exposições: vamos incorporando a imagem de cada artista ao nosso trabalho", explicam, no vocabulário "avafiano".

Fundado por dois artistas, um deles brasileiro, o grupo optou por nunca divulgar seus nomes, já que trabalha com o conceito de coletivo. "Não queremos ser conhecidos como pessoas, e sim como um projeto", disseram à Serafina.

O avaf explodiu em 2003, quando recebeu um convite para criar uma obra pública no Central Park, em NY. Os artistas desenvolveram um megadesivo que cobriu o rinque de patinação do parque. "Para nós é importante falar com uma audiência maior, incluir as pessoas. Queremos que elas se sintam parte do show." Convite feito?

Texto Anterior: FINA: Silvia Amélia Chagas, por Tom Cardoso
Próximo Texto: PASSAGEM: Saint-Tropez, por Eliane Trindade
Índice



Clique aqui Para deixar comentários e sugestões Para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É Proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou imPresso, sem autorização escrita da Folhapress.