São Paulo, domingo, 28 de junho de 2009
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TERETETÉ

Um nome para se guardar: Aldren Ehrenreich

por TETÉ RIBEIRO, de Washington

PROCURA-SE DONAS DE CASA

Sabe como faz para descobrir se uma coisa está na moda nos EUA? Veja se tem um reality show a respeito. Washington virou cenário escolhido para dois ‘realities’. A 29ª temporada de “Real World”, da MTV, começa a ser gravada hoje, dia 28 de junho, em um casarão no bairro de Dupont Circle. O segundo, no entanto, está sofrendo para acertar seu elenco. Será a próxima franquia da série “The Real Housewives”, que começou em Orange County, na Califórnia, depois foi para Atlanta, Nova York e Nova Jersey. Agora chegou à capital americana. Mas, aqui, as donas de casa “reais”, do jeito que a TV gosta, peruas em dia com a manicure, personal trainer, cabeleireiro, stylist e dramas existenciais condizentes com o tamanho do silicone nos peitos, não querem aparecer. É que a maioria delas é casada com políticos, lobistas ou “ongueiros” e não pega nada bem mostrar ao mundo como gastam o dinheiro do governo ou de doações. Isso sim que é consciência civil.

HAVA NAGILA

Ele parece uma mistura de ?Leonardo DiCaprio e Emile Hirsch com uma pitada do jovem Orson Welles, e só perde para Susan ?Boyle no quesito fama instantânea. O nome é Alden Ehrenreich, tem 19 anos e está no novo filme de ?Francis Coppola, “Tetro”. Foi parar nesse elenco, em que vive o irmão do protagonista, Vincent Gallo, porque fez, de brincadeira, um filme amador como ator e diretor e deu para uma amiga exibir no bat mitzvah dela. Na festa, estava Steven Spielberg, pai de uma amiguinha da aniversariante, que virou seu primeiro fã. Alden abandonou a faculdade em Nova York, mudou-se para Los Angeles e estará em um cinema perto de você assim que uma boa alma decidir levar “Tetro” para o Brasil.

ENTRE TAPAS E BEIJOS

Nessa terça-feira, 30 de junho, Mike Tyson completa 43 anos no meio de um dos verões (no hemisfério Norte, onde ele mora) mais trágicos e surreais de sua vida. No mês passado, o ex-campeão sofreu a perda da filha Exodus, de quatro anos, que morreu em um acidente doméstico em Phoenix. Duas semanas depois, ele se casou em Las Vegas com a namorada Lakiha Spicer, que não era a mãe da criança. Tudo isso no mesmo ano em que virou estrela de cinema: faz uma ótima participação especial como ele mesmo na comédia “The Hangover”, que recebeu o infeliz título em português “Se Beber, Não Case” e estreia dia 28 de agosto por aí. Aliás, não deixe nem o nome do filme, nem o pôster, nem a premissa empatarem o seu caminho –é uma boa surpresa embalada em uma ameaça de mau gosto. Até o ex-lutador está fofinho. Mas não no outro filme de que participa, o documentário “Tyson”, dirigido por James Toback, ainda sem previsão de estreia no Brasil. Com ótimas imagens de arquivo, muita pesquisa e várias entrevistas exclusivas em que o ex-boxeador parece deixar o super-ego repousando em outro canto, “Tyson” emociona até quem torceu por Holyfield em 1996 e 1997. Sem medo de tocar em nenhum assunto espinhudo, ele se defende da acusação de estupro da ex-miss ?Desiree Washington, pelo qual foi condenado a três anos, com a seguinte frase: “Eu posso ter me forçado a outras mulheres na vida, mas não àquela mulher”. E tudo dito na voz fina e sibiliante daquele homem imenso, gordo e com o rosto tatuado. O cérebro e o coração do espectador entram em guerra depois de 90 minutos de sinais conflitantes.



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