|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
3G EM TESTE BALANÇO
Velocidade não atinge 60% do contratado
Testes feitos pela Folha também constatam instabilidade da banda larga móvel; operadoras prometem melhorias
Procon-SP alerta que,
mesmo sem regras para
internet 3G, empresas
não estão isentas de
responsabilidade
ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO
A Folha testou os serviços
de banda larga móvel das
quatro maiores operadoras
do país (Claro, Oi, TIM e Vivo)
e constatou o que reclamações de usuários do serviço já
indicavam: a velocidade real
de conexão fica bem abaixo
da vendida. Nos testes, o
download (recebimento de
dados) não ultrapassou 60%
da velocidade contratada.
Em dias úteis, isso fica
pior, com velocidade média
inferior à metade da contratada. No domingo, a situação
melhora, mas em nenhum
dos testes a conexão chegou
à velocidade do plano comprado, de 1 Mbps.
No caso de upload -dados
que você manda para a rede,
como e-mails ou vídeos para
o YouTube-, a velocidade ficou sempre abaixo de 30%
do tal 1 Mbps. É preciso considerar, porém, que a velocidade de upload é sempre menor que a de download, mesmo em serviços internacionais de altíssima qualidade.
Além da velocidade, outro
problema percebido nos testes, já constatado pela Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) e por órgãos de
defesa do consumidor, é o da
instabilidade do serviço.
É enorme a variação da velocidade, e a qualidade do
serviço muda rapidamente.
Uma página que apareceu
em segundos, minutos depois fica parada sem razão
aparente. Quedas de conexão também são frequentes.
Parte da culpa é da natureza da tecnologia 3G, sensível
a inúmeros fatores, como
condições climáticas, quantidade de pessoas conectadas numa mesma região e
posição geográfica.
Os contratos afirmam isso,
procurando isentar as operadoras de responsabilidade
por garantir a integralidade
da velocidade contratada.
Em geral, as empresas garantem um mínimo de 10% da
velocidade estabelecida.
Tais contratos têm gerado
debates em órgãos de defesa
do consumidor, e a Anatel está procurando estabelecer
uma regulamentação geral
para o setor.
As operadoras, porém, são
obrigadas a cumprir o Código
de Defesa do Consumidor,
afirma o Procon.
Claro, Oi, TIM e Vivo adotam diferentes estratégias
para tentar diminuir o número de reclamações e melhorar
a qualidade do serviço de
banda larga móvel.
Desde o final do mês passado, algumas passaram a
vender planos desvinculados de promessa de velocidade, passando a comercializar
o serviço por tempo. Mesmo
assim, a velocidade de referência, como nos testes feitos
pela Folha, é a de 1 Mbps.
BANDA LARGA
FIXA
11,8 milhões
Usuários no Brasil no
primeiro trimestre de 2010
Pela primeira vez, o número é
inferior ao de usuários de
banda larga móvel (11,9
milhões, no mesmo período).
Os dados são de um balanço
realizado pela Huawei em
parceria com a Teleco
BANDA LARGA
MÓVEL
18 milhões
Estimativa de usuários no
Brasil até dezembro
A projeção do estudo da
Huawei e da Teleco é para a
quantidade de assinantes de
serviços de internet 3G até o
fim do ano no país, superando
os 13 milhões esperados para
a banda larga fixa
Texto Anterior: RedeMoinho Próximo Texto: Consulta para regras de 3G acontece hoje Índice
|