DO ENVIADO ESPECIAL

"Nós olhamos um pouco para a concorrência, embora nossa prioridade esteja em ouvir usuários, parceiros e pesquisas", disse, à Folha, Brian Hall, diretor-geral da divisão Windows Live, horas após o lançamento da versão de testes do Internet Explorer 9, na última quarta-feira.
Ele, porém, não precisava nem dizer. O beta do navegador da Microsoft veio ao mundo com a cara do Google Chrome.
Barra de navegação mais simples, tela inicial que remete a sites já visitados dispostos em pequenos retângulos, capacidade para gerar atalhos na barra de tarefas e suporte para HTML5 (novo padrão para desenvolvimento de sites).
Para ganhar velocidade, uma reclamação recorrente em relação ao navegador, a renderização dos gráficos e texto foi movida da CPU para a placa de vídeo. Isso também já acontece na concorrência.

INTEGRAÇÃO
O grande trunfo da nova versão do Internet Explorer para conter a tendência de queda em sua adoção (hoje ele ainda é líder com cerca de 60% do mercado, mas o percentual ja foi de 95%) está na integração com o Windows 7 -coisa que os outros navegadores ainda não têm.
Com isso, sites são processados como aplicativos instalados no sistema operacional, o que garante maior uso do poder do computador na navegação.
O Internet Explorer 9 foi mais rápido que o Chrome 6 e as versões 3.6 e 4 do Firefox ao processar sites com gráficos pesados em um teste feito pela Folha.
Isso poderia criar classes diferentes de experiência na internet, ja que o novo navegador não é compatível com o Windows XP (sistema operacional ainda dominante no mundo).
Segundo Hall, isso não acontecerá. Ele diz que a empresa não está "subindo o piso das experiências", e sim "aumentando o teto".
Ele também declarou que a empresa não deixará de dar suporte às versões 7 e 8 do navegador. (BR)


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