São Paulo, domingo, 21 de março de 1999

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TECNOLOGIA
Incubadora ajuda a diminuir os gastos

da Reportagem Local

As incubadoras ajudam a minimizar os efeitos negativos do longo período de espera e os gastos para o desenvolvimento de um novo produto ou tecnologia.
Os microempresários dividem o aluguel de um prédio ou galpão, repartindo também os custos fixos -conta de água, limpeza, vigias, fax, telefones etc.-, enquanto desenvolvem os seus projetos.
"O tamanho médio do módulo (como é chamado o espaço de cada empresa) é de 50 m2", explica Edson Pereira, 42, gerente do programa de incubadoras do Sebrae-SP.
O empreendedor pode ocupar esse espaço por até três anos. "A idéia é que ele aproveite esse tempo para crescer e depois monte uma estrutura própria."
O preço do aluguel também varia de acordo com o local. No Cietec (Centro Incubador de Tecnologia), incubadora do Sebrae dentro do Ipen (Instituto de Pesquisas Nucleares), na USP, as empresas residentes pagam R$ 200 por mês.

Edital
Para entrar numa incubadora, o empreendedor deve ficar de olho na publicação dos editais. Feita a inscrição no Sebrae, ele faz um curso de 40 horas no qual aprenderá a administrar uma empresa e a elaborar um plano de negócios.
"No fim do curso, ele elabora o plano do negócio e passa por uma seleção", diz Pereira. "Cerca de 80% das empresas que saem de uma incubadora têm sucesso."
O Cietec deve divulgar em abril o seu terceiro edital, ampliando de 15 para 30 as vagas existentes.
Os interessados devem ficar de olho na Internet (www.ipen.br/ cietec/cietec.html).
Além da estrutura, os residentes do centro incubador têm à disposição cursos e consultores.
"Cada empresa já recebeu mais de 20 horas de consultoria de marketing", afirma Sergio Risola, gerente do Cietec.
Há também consultores jurídicos, de captação de investimento, vendas, gestão empresarial, patente e qualidade.

Implante dentário
A Pro-line é uma das empresas "incubadas" que entraram no primeiro edital -em abril de 98. "A maior vantagem da estrutura é que ela está dentro da USP. Tenho acesso aos laboratórios e aos professores", conta Laura Oliveira, 19, uma das sócias.
A sua empresa está desenvolvendo um novo implante dentário, que sairia pela metade do preço do atual. "Nosso custo fixo, se estivéssemos fora da incubadora, seria cinco vezes maior."
A única reclamação de Laura é quanto ao reduzido número de linhas telefônicas. "Por enquanto, dividimos três linhas."



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