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Katmandu é um retrato do sincretismo religioso local

Capital abriga prédios históricos e locais sagrados budistas e hindus

Segundo a tradição, o fundador do budismo, Siddhartha Gautama, fez visita ao templo Swayambhu, do séc. 6º

MARINA DELLA VALLE
ENVIADA ESPECIAL A KATMANDU

Encalacrado entre a Índia e a China, o Nepal parece um ponto intermediário entre as culturas dessas regiões. E a capital, Katmandu, historicamente um ponto nevrálgico da rota de comércio entre as potências vizinhas, é um retrato da cultura que resultou dessa mescla de influências.

Uma das características culturais mais notáveis é como o hinduísmo (que engloba 80% da população) e o budismo (10%) se misturam. As duas religiões celebram festivais em conjunto, e muitos nepaleses seguem ambas.

O Nepal é um local importante para os budistas -Siddhartha Gautama, fundador da religião, nasceu em Lumbini, no distrito de Rupandehi. Em Katmandu, duas das principais atrações são ligadas ao budismo.

Swayambhu, também conhecido como "templo dos macacos", por conta da quantidade desses animais que vivem por lá, é um dos locais religiosos mais antigos do Nepal -sua origem remonta ao séc. 6º-, também reverenciado por hindus.

Prepare-se para subir escadarias e caminhar um tanto para visitar as estruturas do local, espalhadas por um morro, de onde se tem uma vista privilegiada da cidade.

Reza a tradição que o próprio Siddhartha Gautama teria visitado o local, que tem como ponto alto a principal estupa (monumento que consiste em uma calota esférica de pedra), encimada por uma estrutura cúbica com os chamados "olhos de Buda" em cada um dos lados.

Outro local sagrado para o budismo é Boudhanath, que tem uma das maiores estupas do Nepal, montada sobre uma estrutura em forma de mandala, sobre a qual é possível caminhar. A estupa é cercada de lojas e templos menores.

Já a visita a Pashupatinath, templo indiano do séc. 5º dedicado ao deus Shiva, é uma experiência mais soturna. Apenas hindus podem entrar no templo. Visitantes podem observá-lo do outro lado do rio Bagmati, considerado sagrado -e, assim como o Ganges, bem poluído.

Do outro lado, nas escadarias que descem ao rio, parentes choram seus mortos, que são cremados entre toras de madeira e jogados na água.

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