Vento e chuva exigem cuidado em Gales

Praticar trekking não é o mesmo que realizar uma simples caminhada: a atividade requer cuidados especiais, que variam de acordo com o lugar, o clima e a duração do percurso pretendido.

Para Edgar Werblowsky, um dos proprietários da agência de ecoturismo Freeway e praticante de trekking há 30 anos, quem escolhe percorrer a rota na costa do País de Gales geralmente já tem experiência no esporte.

"É um trekking mais conhecido no Reino Unido e em outras partes da Europa. O País de Gales ainda não é muito conhecido no Brasil, então só turistas que já fizeram trekking em outros lugares e montanhas costumam procurá-lo", opina.

Mesmo para praticantes experientes, o percurso exige cuidados. A região é conhecida por suas grandes alterações climáticas e pelas dificuldades causadas pela chuva e pelos ventos fortes.

"O ideal é viajar nos meses de maio, junho, setembro e outubro, quando as temperaturas estão mais amenas. Mesmo assim, é importante levar um casaco de tecido leve, que proteja do vento, mas não pese na mochila", diz.

Segundo ele, o trekking é muito popular no Reino Unido, o que torna fácil encontrar uma boa estrutura nas trilhas locais. "Existem diversas associações de 'trekkistas' e caminhantes no Reino Unido, há informações disponíveis em vários sites e é possível percorrer diversas trilhas apenas com a ajuda de um mapa do local."

Gabrielle Monteiro, instrutora da agência de viagens de aventura Pisa Trekking, ressalta a importância de levar calçados adequados para as caminhadas. No caso das trilhas do País de Gales, por estarem em terreno pedregoso, exigem o uso de botas com solado mais resistente.

"E é preciso amaciar a bota com antecedência, fazer caminhadas na própria cidade mesmo para se acostumar ao calçado. As pessoas cometem muito esse erro: vão fazer trekking e compram o calçado uma semana antes, para usá-lo pela primeira vez na viagem."