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R. L. Stevenson

"O nome da aldeia é Hookena. Fica no mesmo litoral que percorri anteriormente a bordo do agitado Casco; o mesmo litoral onde o velho viajante Cook encerrou uma nobre carreira de maneira não muito nobre. (...) Ali, no sepulcro desconhecido, seus ossos ainda estão enterrados.

(...) Nos 16 km por onde eu caminhava, Cook fora adorado como uma divindade; quando morreu, seus ossos foram purgados para adoração e suas entranhas devoradas por engano, por crianças desavisadas.

(...) Deve-se lembrar que os havaianos de outrora não eram tão diferentes, ávidos para roubar Cook, que acreditavam ser um deus; foi um furto que provocou a tragédia da baía de Kealakekeua.

(...) A raça era guerreira e laboriosa desde tempos mais remotos. Eram escavadores e construtores.

(...) o termo moderno para lei, kanawai, 'direitos da água', ainda serve para nos lembrar seu antigo sistema de irrigação. E na história da ilha as batalhas são abundantes. A coragem deles e a disposição para o trabalho parecem agora confinadas ao mar, onde são ativos navegadores e destemidos barqueiros, perseguindo o tubarão em seu próprio elemento, e fazendo de passatempo os vagalhões extraordinários. Em terra fogem ao mesmo tempo do perigo e da labuta, e estão todos voltados para pequenas ocupações e trapaças de gabinete."

Extraído do livro "Nos Mares do Sul, Autobigrafia de um Viajante", que contém trechos de Robert Louis Stevenson traduzidos por Heloísa Prieto e, também, notas e prefácio de Marilene Felinto

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