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Salinas Grandes mostram paisagem lunar

No caminho até o salar, é possível ver animais selvagens como lhamas, vicunhas e suris, os 'avestruzes andinos'

Para chegar ao destino, deve-se percorrer 126 km da RN-52, estrada que se desprende da RN-9 em Purmamarca

Daniel Médici/Folhapress
Caminhão-cegonha passa por estrada que atravessa as Salinas Grandes
Caminhão-cegonha passa por estrada que atravessa as Salinas Grandes

DO ENVIADO A SALTA E JUJUY

Quem vai à Quebrada de Humahuaca não deve se contentar apenas com a beleza natural do vale. A três horas dali fica a paisagem lunar das Salinas Grandes, um imenso deserto de sal -embora nem tão deserto assim, diga-se- encravado em um altiplano.

Para chegar ao salar, deve-se percorrer 126 km da RN-52, estrada que se desprende da RN-9 em Purmamarca.

É recomendável prestar atenção no caminho. Com um olho bem treinado (e a ajuda de guias), é possível ver animais selvagens como lhamas, vicunhas (parentes das primeiras, mas não domesticáveis) e, com alguma sorte, suris, os "avestruzes andinos".

Um dos trechos que vale uma parada -há um lugar específico e seguro para estacionar- é a Cuesta de Lipán, enorme acidente geográfico atravessado pela rodovia.

O lugar é uma imensa parede de quase dois quilômetros de altura, na qual se pode notar a vegetação, composta de cactos e arbustos na altura de Purmamarca, se tornar cada vez mais rarefeita, até só restar matagais e pedras na altitude máxima do percurso, 4.170 m.

Nesse ponto, em pleno meio-dia, o frio ao descer do carro é intenso, mas a vista do monte Chañi, o mais alto dos chamados "Andes Jujeños", com 5.896 m, compensa. O pico ainda poderá ser visto do salar.

Seguindo adiante, inicia-se uma descida até 3.450 m, altura em que se encontram as Salinas Grandes.

Cortada pela faixa de asfalto, a superfície branca tem 12 mil hectares. Apesar da localização remota, há um intenso vaivém de carros no lugar -isso porque, pouco mais adiante, fica o Paso de Jama, principal ligação do norte argentino com o Chile e o porto de Antofagasta. Diversos caminhões-cegonha, em particular, fazem a travessia para levar carros da zona franca chilena até o Paraguai.

Todo o apoio turístico no salar é uma grande cabana com banheiros químicos nos fundos -2 pesos a utilização. E só: nenhum restaurante ou centro de informações (para o bem e para o mal).

Uma vez no salar, os guias orientam circular apenas próximo ao estacionamento e em grupos. Há água por baixo da camada de sal, que pode ceder em certos pontos.

As imensas ranhuras feitas para abastecer as indústrias processadoras de sal corroboram as advertências: elas formam pequenos lagos de água cristalina (e gelada).

Não se engane com o frio: é essencial usar protetor solar.

(DANIEL MÉDICI)

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