Na terra do macaron, docinho é bem diferente da versão atual

A receita tradicional, eles afirmam, é de 1620 e não possui recheio, tampouco uma casquinha quebradiça. Os macarons originais, conta a guia, são de Saint-Émilion, a cerca de 40 km de Bordeaux.

Seu sabor e sua textura se assemelham aos do nosso pão de ló, com uma boa pitada de amêndoa. São vendidos em pequenos tamanhos circulares, com diâmetro um pouco maior que o do macaron que você já conhece, mas de espessura menor, já que é uma massinha sem recheio.

Em julho e agosto, pleno verão europeu, as ruelas da cidade de aparência medieval ficam lotadas de turistas, e os melhores horários para conhecê-la com mais tranquilidade são o começo da manhã ou o fim da tarde. Nesta época do ano, o clima está de ameno para frio, e o fluxo de visitantes é bem menor.

Com 5.400 hectares dedicados ao vinho e 920 vinícolas no total, os arredores de Saint-Émilion têm produtores abertos à visitação e degustação -já na metade do caminho entre Bordeaux e a cidade é possível avistar parreiras que, há poucos dias, estavam carregadas de uvas.

Uma opção para quem quer entender em pouco tempo os vinhos do distrito de Bordeaux é procurar a Vignobles & Châteaux (vignobleschateaux.fr), ali mesmo no centro de Saint-Émilion.

A loja dá acesso ao andar superior, em que acontecem explicações sobre as microrregiões e degustações. As aulas coletivas são aos sábados, às 15h (€ 29; R$ 77,02). Tente uma vaga com Patrick Marchal, consultor que já chefiou um restaurante em Brasília e fala português.