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MINICHINA
Chá de exportação é cultivado na ilha desde o século 19
Cultivo local se deve à dominação japonesa; em 1869, 120 toneladas do produto foram para Nova York
DO ENVIADO ESPECIAL A TAIWAN
Trazido pelos imigrantes que
vieram de Fukien e de Jiangsu,
na China continental, o chá é,
historicamente, um dos produtos agrícolas de exportação de
Taiwan, ao lado da cana-de-açúcar, introduzida pelos holandeses, e da cânfora, cultivada pelos japoneses.
No caso do chá -também
cultivado em larga escala na
China, na Índia e no Sri Lanka
(antigo Ceilão)-, Taiwan deve
também seu cultivo à dominação japonesa. Nesse tempo, o
chá de Uji foi introduzido, e sua
degustação distinguia os ricos e
os influentes.
Tradicionalmente exportado, pois a demanda interna teve
início há 70 anos, o chá de qualidade é cultivado em Taiwan
desde 1860, quando China e
Reino Unido firmaram, em Pequim, o tratado de Tientsin,
atraindo à ilha de Formosa o
mercador inglês John Dodd.
Papéis aduaneiros de 1869
mostram que, do porto de Taiwan, seguiram 120 toneladas
desse produto para Nova York.
Hoje, em Taipé, empresas familiares que processam as folhas, caso da Wang's Tea
(www.wangtea.com.tw),
também recebem visitantes.
Fábrica pitoresca e casa de
chá fundada em 1890, a Wang's
fica em 26, Lane 64, sec.2, na
rua Chung King N. (tel. local
02/2555-9164).
Ali, o proprietário Wang
Lien Yuan mostra que as folhas, dependendo do preparo,
viram chá preto (100% processado), chá oolong (com processamento de 25%) ou chá verde
(natural). A matéria-prima seca ao sol e, depois, é estocada. A
técnica, no caso do chá preto,
inclui a torragem artesanal das
folhas -e tem 300 anos. Em
Taiwan, o chá oolong, aromático, é o mais apreciado, mas
suas variedades são muitas: esse chá, por exemplo, pode ser
misturado a flores secas de jasmim.
(SILVIO CIOFFI)
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