São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2010

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Agitação cultural dita o ritmo de Madri

Maioria dos roteiros turísticos podem ser feitos de metrô, que está mais bem cuidado do que os de Paris e NY

Variedade de atrações na capital espanhola inclui casas de tapas, boates e cinemas que têm sessão à meia-noite


CLAUDIA ANTUNES
ENVIADA ESPECIAL A MADRI

Madri está linda, com os edifícios do centro histórico recém-restaurados, museus e galerias novos ou ampliados e uma oferta de atrações tão sedutora e ampla que chega a semear a dúvida nos viajantes que compram, nas bancas de jornal, o obrigatório "Guía del Ocio".
O guia detalha a cada semana a programação cultural, gastronômica e noturna nas principais cidades espanholas. Jornais importantes, como o "El País", também publicam, todas as sextas-feiras, uma revista semelhante, de formato pequeno, para pôr na bolsa.
Em Madri, a bendita tradição da "siesta" depois do almoço, que pode se estender até as 17h, não é tão respeitada como em outras regiões espanholas, o que quer dizer comércio quase todo aberto o dia inteiro e comida disponível na hora em que der fome.
Mas isso não impede que a movimentação nas ruas se estenda pela madrugada nas casas de "tapas" (petiscos) e nas boates. Durante os finais de semana, os cinemas mantêm com frequência sessões da meia-noite.

VÁ DE METRÔ
Outra boa notícia é que quase todos os circuitos podem ser feitos de metrô, que está mais bem cuidado do que os de Paris e Nova York e tem estações a cada 200 metros na maioria das linhas. Em dois dias de uso do trem subterrâneo, acompanhando o traçado das estações com um mapa das ruas na superfície, já é possível ter uma ideia de para onde leva cada uma delas.
A passagem, a 1 (R$ 2,2) -ou 9 (R$ 19,63) o bilhete para dez viagens-, é mais barata do que as do metrô do Rio e de São Paulo, que custam R$ 2,80 e R$ 2,65.
A vida de turista em Madri não chega a ser uma pechincha, mas paga-se pela comida e o transporte mais ou menos como nas duas cidades brasileiras, e menos do que em outras capitais europeias, como Londres ou Berlim. Há também, na alta estação, que vai até o final de setembro, algumas atrações gratuitas nas ruas, como shows musicais. Os principais museus não cobram entrada entre as 18h e as 20h, quando fecham as portas, ainda com o dia claro.
O turismo é vital para a economia da Espanha, e emprega diretamente cerca de 10% da força de trabalho. No ano passado, o país recebeu 92 milhões de estrangeiros, quase o dobro de sua população, de 47 milhões.
O aeroporto de Barajas, em Madri, pelo qual chega a maior parte dos turistas, incluindo os visitantes brasileiros, ganhou há quatro anos um quarto terminal.
Para os distraídos, vale avisar que isso pode representar a perda do voo em casos de atraso. Entre a entrada na sala de embarque e os portões do terminal 4 (de onde partem, por exemplo, os voos da Iberia para o Brasil), são pelo menos 30 minutos de trajeto, incluindo escadas e esteiras rolantes e um trem interno que leva à nova área, com telhado que capta energia solar.


CLAUDIA ANTUNES viajou a Madri a convite da agência de notícias IPS (International Press Service)



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