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Agitação cultural dita o ritmo de Madri
Maioria dos roteiros turísticos podem ser feitos de metrô, que está mais bem cuidado do que os de Paris e NY
Variedade de atrações na capital espanhola inclui casas de tapas, boates e cinemas que têm sessão à meia-noite
CLAUDIA ANTUNES
ENVIADA ESPECIAL A MADRI
Madri está linda, com os
edifícios do centro histórico
recém-restaurados, museus
e galerias novos ou ampliados e uma oferta de atrações
tão sedutora e ampla que
chega a semear a dúvida nos
viajantes que compram, nas
bancas de jornal, o obrigatório "Guía del Ocio".
O guia detalha a cada semana a programação cultural, gastronômica e noturna
nas principais cidades espanholas. Jornais importantes,
como o "El País", também
publicam, todas as sextas-feiras, uma revista semelhante, de formato pequeno,
para pôr na bolsa.
Em Madri, a bendita tradição da "siesta" depois do almoço, que pode se estender
até as 17h, não é tão respeitada como em outras regiões
espanholas, o que quer dizer
comércio quase todo aberto o
dia inteiro e comida disponível na hora em que der fome.
Mas isso não impede que a
movimentação nas ruas se
estenda pela madrugada nas
casas de "tapas" (petiscos) e
nas boates. Durante os finais
de semana, os cinemas mantêm com frequência sessões
da meia-noite.
VÁ DE METRÔ
Outra boa notícia é que
quase todos os circuitos podem ser feitos de metrô, que
está mais bem cuidado do
que os de Paris e Nova York e
tem estações a cada 200 metros na maioria das linhas.
Em dois dias de uso do
trem subterrâneo, acompanhando o traçado das estações com um mapa das ruas
na superfície, já é possível ter
uma ideia de para onde leva
cada uma delas.
A passagem, a 1 (R$ 2,2)
-ou 9 (R$ 19,63) o bilhete
para dez viagens-, é mais
barata do que as do metrô do
Rio e de São Paulo, que custam R$ 2,80 e R$ 2,65.
A vida de turista em Madri
não chega a ser uma pechincha, mas paga-se pela comida e o transporte mais ou menos como nas duas cidades
brasileiras, e menos do que
em outras capitais europeias,
como Londres ou Berlim.
Há também, na alta estação, que vai até o final de setembro, algumas atrações
gratuitas nas ruas, como
shows musicais. Os principais museus não cobram entrada entre as 18h e as 20h,
quando fecham as portas,
ainda com o dia claro.
O turismo é vital para a
economia da Espanha, e emprega diretamente cerca de
10% da força de trabalho. No
ano passado, o país recebeu
92 milhões de estrangeiros,
quase o dobro de sua população, de 47 milhões.
O aeroporto de Barajas, em
Madri, pelo qual chega a
maior parte dos turistas, incluindo os visitantes brasileiros, ganhou há quatro anos
um quarto terminal.
Para os distraídos, vale
avisar que isso pode representar a perda do voo em casos de atraso.
Entre a entrada na sala de
embarque e os portões do terminal 4 (de onde partem, por
exemplo, os voos da Iberia
para o Brasil), são pelo menos 30 minutos de trajeto, incluindo escadas e esteiras rolantes e um trem interno que
leva à nova área, com telhado que capta energia solar.
CLAUDIA ANTUNES viajou a Madri a
convite da agência de notícias IPS
(International Press Service)
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