São Paulo, quinta-feira, 01 de setembro de 2005

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África lidera número de acidentes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para quem tem medo de avião, os números podem ser bons aliados na luta contra o frio na barriga. Dos 60 acidentes aéreos ocorridos no Brasil em 2004, apenas dois envolviam aviões de grandes companhias aéreas. As aeronaves particulares foram as que mais tiveram problemas (24 casos), seguidas de operações agrícolas (13), táxis aéreos (dez), vôos de instrução (nove) e viagens governamentais (dois).
Esses 60 acidentes resultaram em 77 mortes -havia 10.819 aviões em operação no ano passado, de acordo com os dados do DAC (Departamento de Aviação Civil). Desde 1999, o número de desastres com aeronaves no país não atinge a casa dos 70 por ano.
Até 1º de agosto deste ano, ocorreram 28 acidentes no Brasil, com 11 mortes. A média brasileira segue os números mundiais: de 1995 a 2003 ocorreu 1,05 acidente em 1 milhão de decolagens nos céus tupiniquins; no planeta, houve 1,2.
Ainda assim, é uma taxa maior do que a americana, com 0,4 acidente, e a européia (0,7). A África lidera os índices de acidentes: 8,7 em 1 milhão de decolagens.
Segundo estatísticas da Iata (International Air Transport Association), organização que reúne 265 companhias em todo o mundo, representando 94% do transporte aéreo internacional, ocorrem 75 mil vôos diariamente (a maioria, com aviões a jato). "Como temos 86,4 mil segundos em um dia, há praticamente um vôo internacional por segundo", calcula Filipe Pereira dos Reis, gerente-geral da Iata no Brasil.
Ainda de acordo com a organização, na década de 50, era transportado pouco mais de 1 milhão de pessoas e havia cerca de 550 mortes por ano. Em 2004, esse número aumentou para 1,8 bilhão de passageiros, mas o número de mortes permanece praticamente o mesmo.

Check-up
A manutenção dos aviões brasileiros é feita por oficinas homologadas, fiscalizadas pelo DAC. Depois de determinado número de horas voadas (cada avião tem seu ciclo, e o acúmulo de horas também é controlado pelo departamento), a aeronave entra em manutenção.
As inspeções são feitas tanto nas grandes quanto nas pequenas companhias aéreas, segundo a assessoria de comunicação do departamento, com procedimentos diferentes para cada tipo de avião. As peças da aeronave são revisadas, e aquelas cuja "validade" esteja vencida são trocadas. (JD)


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