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BALADA À ESPANHOLA
Acesso livre a discotecas locais possibilita noite eclética
Muvuca cosmopolita de Barcelona não cobra entrada
DA ENVIADA ESPECIAL À ESPANHA
No Porto Velho de Barcelona
funcionam mais de dez casas noturnas no conjunto Maremàgnum, de quatro andares, que também abriga lojas e um cinema.
Nesta época, a noite é fresca
-convém levar agasalho leve- e
as ruas estão movimentadas. Dá
para saltar na estação Catalunya
do metrô e andar da praça até o
porto com segurança até a hora
do fechamento, à meia-noite.
Uma dica é jantar em um dos
restaurantes das Ramblas, calçadão lotado de turistas de todos os
lugares e cercado de lojas, hotéis e
restaurantes. De dia, artistas de
rua brincam de estátua com os
transeuntes em troca de moedas.
Como a entrada nas discotecas é
franca, os visitantes, a maioria estudantes de férias, vão de uma a
outra experimentando as pistas
de dança. Os estilos musicais variam de acordo com a origem cultural das casas noturnas, onde há
bandas ao vivo ou DJs, como em
Madri. A trilha sonora é a mesma
da capital espanhola, e os sucessos
são a canção onomatopaica "Asereje", de Las Ketchup, a "Atrievete" e a romântica e sensual "Ave-Maria", de David Bisbal.
No térreo, a discoteca Tropicana tem decoração verde-e-amarela e toca música latina. Em algumas casas noturnas, dançarinos
profissionais conduzem a coreografia nas pistas. O ritmo é alegre
e extrovertido, e as pessoas gostam de puxar conversa. O turista
pratica o espanhol enquanto conhece gente da Inglaterra, da Itália, de Portugal.
O cubano Mojito Bar é o mais
cheio e agitado, com muitos casais na pista e banda ao vivo. A
maioria das pessoas é latina e sabe
dançar merengue, salsa e outros
ritmos. A casa só serve bebidas,
como a maioria das discotecas,
entre elas caipirinha, margarita e
mojito, com hortelã, rum e limão.
No segundo andar, um terraço
com uma pista de minigolfe ao ar
livre e discotecas funcionam até as
2h. O pub Irish Winds é o único
no qual não há dança.
Barcelona é mais cosmopolita
que Madri. Há muitos jovens estrangeiros que chegam para estudar espanhol. Para um norte-americano de 22 anos que tem pai
inglês, é preconceituosa a forma
como alguns espanhóis tratam estrangeiros. Ele pediu para não ser
identificado e disse que eles
"amam o turista que gasta, mas
tratam mal o imigrante".
Esse complexo de discotecas se
alterna com outro, a 2 km dali, conhecido como Porto Novo, em
frente à Vila Olímpica, construída
para os Jogos Olímpicos de 92. O
Porto Novo possui a mesma estrutura de bares e discotecas,
umas ao lado das outras, com diferentes ritmos e estilos musicais.
Programação
Ao chegar à cidade, compre jornais e confira os bares badalados,
a programação cultural e as festas
típicas, como La Mercè, que acontece na última semana de setembro, e a La Diada, que comemora
o dia "nacional" da Catalunha,
também no final de setembro.
Nos metrôs há vários guias com
sugestões de passeios noturnos.
O "El Periódico de Catalunya",
de Barcelona, recomendava em
julho a discoteca New York y PNS
(Escudellers, 5 y Rambla 27), frequentada por universitários,
"com segurança, refrigeração e
acesso fácil de ônibus e metrô".
Em julho, o músico Nilo MC,
que já foi parceiro de Manu Chao
e de Lenny Kravitz, apresentou-se
em Barcelona num show de rap
cubano, nova variante do hip hop
que alia ritmos afro-cubanos à
potência da palavra cantada.
Nilo, considerado um pioneiro
do rap cubano e formado em artes plásticas, participou de várias
performances na Alemanha e na
Espanha e faz parte da vanguarda
artística musical de Cuba, conhecida como Hip Hop Cubano.
O cantor tem participação no
filme "Machín: Toda Una Vida",
que está em cartaz em Madri e retrata a vida de Anton Machín,
que, na Espanha, é referência da
música cubana.
(MÔNICA RODRIGUES DA COSTA)
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