São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2008

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cachalotes literários

Clássico narra história de capitão obcecado por cetáceo

FAMA POSTERIOR - Hoje muito conhecida, obra do escritor norte-americano Herman Melville não obteve sucesso na época em que foi lançada, no ano de 1851

DA REDAÇÃO

"Moby Dick" é um clássico. E que clássico. Para a maioria dos críticos, trata-se de uma alegoria filosófica da luta do homem -e sua insignificância- contra um poder absoluto, como o do Estado moderno.
Para a maioria dos leitores, felizmente, "Moby Dick" é apenas um romance. Um romance delicioso. Nele é narrada a história de um obcecado capitão, Ahab, que busca o confronto final com a grande baleia branca.
O relato é feito a partir do marujo Ismael, sobrevivente do naufrágio de um navio baleeiro chamado Péquod.
Tido por muitos como um dos maiores romances dos EUA, praticamente pioneiro ao introduzir elementos da chamada não-ficção à literatura, o livro não fez sucesso ao ser lançado, em 1851, apesar de Herman Melville (1819-1891) -ele próprio um ex-marinheiro de navio baleeiro- ter à época certa fama como escritor.

Quem era ela
A baleia de Moby Dick é um cachalote. Em inglês, "sperm whale", nome que recebeu pela grande quantidade de uma substância chamada espermacete que tem na cabeça.
Ana Paula Borges, pesquisadora do laboratório de biologia marinha da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina; www.ufsc.br) explica que, ao contrário de outras baleias, que se alimentam de um pequeno crustáceo chamado krill, os principais alimentos do cachalote estão no fundo do mar, como os polvos e as lulas gigantes.
"Quanto maior a profundidade, maior a pressão. Para evitar a embolia ao mergulhar tão fundo e subir de volta, os mergulhadores usam roupas especiais. E os cachalotes se valem da sua reserva de espermacete", explica Ana Paula.
A cada mergulho eles conseguem segurar a respiração por até 90 minutos. E ao cruzar o oceano, sua velocidade pode alcançar os 40 km/h.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)


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