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ARGENTINA INSÓLITA
Províncias do norte têm desertos e montanhas que lembram filme de faroeste e ruínas indígenas
Vales preservam tesouros históricos em Tucumán e Salta
SIDINEI LOPES
ENVIADO ESPECIAL À ARGENTINA
Quem chega a Tucumán e a Salta tem a sensação de adentrar um
cenário de algum filme de faroeste, ao ir ao encontro de suas montanhas, desertos e precipícios,
além de se deparar com vistas
magníficas que não são facilmente esquecidas. Uma visão que conquista amantes da fotografia e
apreciadores de belas paisagens.
Há vales maravilhosos nessa região do norte da Argentina, que
preserva muitos tesouros e sítios
arqueológicos de civilizações já
passadas, entre elas a dos incas.
Tucumán e Salta sobressaem nesse contexto como exemplos de
preservação do patrimônio histórico na América do Sul.
A história de San Miguel de Tucumán, capital da Província de
Tucumán, tem origem em 31 de
maio de 1565, quando Diego de
Villarroel decidiu fundar uma cidade. O local tornou-se uma importante via de escoamento comercial em direção ao alto Peru.
Antes, no entanto, quando os
espanhóis chegaram à região, encontraram três grandes povos nativos: os diaguitas (que dominavam os vales Calchaquies), os lules e os tonocotes.
O nome da Província, de acordo
com alguns historiadores, deriva
da palavra "tucman", que significava "terras férteis" para os incas.
Outra corrente garante que Tucumán tem como origem o nome de
um poderoso cacique calchaqui
chamado Tucman.
Numerosas ruínas e vales se encontram nessa região. O principal
ponto turístico de Tucumán é Tafí
del Valle, a 1.976 m de altitude.
Combina montanhas, rios e clima
agradável, apesar de apresentar
uma vegetação semi-árida.
Tafí del Valle estende-se por
Amaicha del Valle, rodeado de
coloridos cerros. É uma típica região conhecida por sua festa à Pachamama (mãe Terra).
Nas serras de Cajon e de Aconquija ficam as ruínas de Quilmes,
nome da tribo dos índios mais
guerreiros e rebeldes do noroeste
argentino, onde é possível visitar
uma espécie de cidade fortaleza,
com construções feitas somente
de pedra, além de trilhas, moinhos, canais e cemitérios. Muito
próximo ao local encontra-se Colalao del Valle, a 1.815 m de altitude, cuja população dedica-se à
produção de especiarias e artesanato. Em Lules estão as ruínas de
San Jose, onde os religiosos ensinavam os índios a ler e a escrever.
Também de origem jesuíta, datada do século 17, a cidade de Raco foi eleita pelas tradicionais famílias de Tucumán um dos pontos preferidos para passar as férias
e fugir do intenso calor da capital.
Cinco quilômetros separam Raco de Siabon, belo lugar caracterizado por suaves serras. Mais
adiante fica San Javier, a cidade de
veraneio mais próxima de Tucumán, que é também a capital nacional para a prática de asa-delta.
Sidinei Lopes viajou a convite da Dinar
Linhas Aéreas e do Ministério do Turismo, Cultura e Esportes da Argentina
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