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SUL DA BAHIA
Esportes náuticos dominam mar claro com poucas ondas
Windsurfe e passeios de caiaque levam à Pitinga
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE ARRAIAL D'AJUDA
Quem estiver acostumado às
barracas gigantescas de Porto
Seguro não vai encontrar na
praia de Pitinga aulas ou shows
de axé, nem levas de adolescentes à procura de curtição.
Localizada entre Mucugê e
Taípe, a praia é democrática:
tem opções que vão desde confortáveis barracas locais com
wi-fi a esportes radicais. E, claro, um visual deslumbrante.
Antes mesmo de virar ponto
turístico, a praia já chamava
atenção. As falésias brancas e
avermelhadas que a emolduram foram descritas na carta de
Pero Vaz de Caminha.
O mar claro e com poucas ondas é praticamente um reflexo
da maioria das praias da região.
E é ideal para esportes náuticos
como windsurfe e caiaque.
De frente para uma barreira
de recifes marinhos, ficam as
cinco barracas principais de Pitinga. No canto oposto, sobra
uma enorme faixa de areia aos
pés do paredão de falésias.
Em meio a tudo isso, é possível avistar o rio Pitinga, uma fina faixa de água escura.
A posição e o volume de água
do riacho costumam variar de
acordo com a época do ano e as
chuvas. De qualquer forma, ele
é uma boa opção para quem
quiser se refrescar na água doce. Praticamente sem correnteza, o Pitinga parece uma ondulosa piscina natural.
Não se assuste se algum peixe passar por perto. Pequenos
cardumes ficam à beira do rio,
como se beijassem a areia.
Conforto e esportes
O movimento se concentra
na região das barracas. Ao contrário do que acontece na maioria dos destinos, a quantidade
de gente por ali costuma ser
menor nos fins de semana.
O Maré (www.barracamare.com.br) oferece boas opções gastronômicas -para petiscos ou refeições. A especialidade da barraca (que tem wi-fi)
é o peixe na telha (R$ 57,80,
servindo três pessoas). O chope
sai por R$ 3,10, mas há também
cerveja, como a uruguaia Norteña ou a gaúcha Polar.
Para os visitantes que quiserem explorar a praia de Pitinga,
uma boa oportunidade é velejar em um catamarã (o passeio
sai por R$ 50 para até duas pessoas). "Dependendo da condição do tempo dá para levar máquina e filmar o passeio", diz o
instrutor Ricardo Oliveira.
Opção aos mais aventureiros
é voar de parapente (o voo custa aproximadamente R$ 120 e
dura mais ou menos uma hora). Partindo do topo das falésias, é possível sobrevoar a bela
praia da Barra e avistar, de longe, o monte Pascoal.
Parque aquático
Para quem prefere banho de
piscina ao banho de mar, o Arraial d'Ajuda Eco Parque
(www.arraialecoparque.com.br) reúne um grande
complexo aquático.
Ele abriga ainda o projeto
Coral Vivo (www.coralvivo.org.br), que tem como objetivo estimular a preservação
dos corais brasileiros. Logo na
entrada, há cartazes que explicam a formação dos corais e localizam as principais barreiras
no mundo e no Brasil.
Espécies de coral-cérebro,
coral-couve e coral-de-fogo podem ser vistas em tanques. Alguns ainda são filhotes e se desenvolvem em placas de cerâmica. "No Brasil, existem cerca
de 17 espécies de coral. Mas
muita gente não conhece, pensa que eles são pedras", diz o
monitor Edimilson Conceição.
O projeto tem vários esqueletos de corais, que realmente
lembram pedras. Os visitantes
podem tocá-los e observar alguns deles no microscópio.
(ANA SOUSA)
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